quarta-feira, 4 de junho de 2025

04 de junho - NOSSA SENHORA DO DIVINO AMOR, “Salvadora de Roma”

 

A história de Nossa Senhora do Divino Amor tem duas vertentes principais: uma no Brasil, especialmente em Petrópolis, e outra em Roma, no Santuário da Madonna del Divino Amore. 

No Brasil, em outubro de 1749, o português Manoel Antunes Goulão solicitou ao bispo beneditino, Dom Antônio do Desterro, a autorização para que sua fazenda pudesse contar com uma capela. 

Com a devida autorização a primeira capela da região localizada na Serra da Estrela, onde hoje é a cidade de Petrópolis, foi construída e inaugurada em 1751, quando possivelmente ali chegou uma imagem portuguesa do orago: Nossa Senhora do Amor de Deus. 

A imagem, “talhada em um só bloco de pesadíssima madeira, era realmente um precioso exemplar de estatuária religiosa artística, de uma perfeição de detalhes inimitável”. 

Em 1782, os herdeiros de Manoel Antunes Goulão transferiram a sede e a capela de sua fazenda para outro local. Ali passou a ser venerada a imagem de Nossa Senhora do Amor de Deus, a essa época já sendo chamada pela doce invocação de Nossa Senhora do Amor Divino. 

Essa edificação, casa e capela, até os dias de hoje se encontra de pé e sedia um colégio católico, sob a direção das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Esse colégio leva o nome de um dos insignes devotos de Nossa Senhora do Amor Divino e proprietário da fazenda, por ser herdeiro dos fundadores: Padre Corrêa. 

Em 17 de agosto de 1930, sob a orientação Irmandade do Espírito Santo e de Nossa Senhora do Amor Divino e com o auxílio dos moradores da região, teve início a construção de uma nova capela, para abrigar a imagem de Nossa Senhora do Amor Divino. Inaugurada em 28 de agosto de 1932. Foi aproveitado o altar que pertencia à antiga capelinha, admirável exemplar de obra de entalha. 

A capela de Nossa Senhora do Amor Divino sediou a nova paróquia da Diocese, erguida em 1960, e recebeu o título de Santuário Diocesano em 2011. 

É importante ressaltar que a veneranda imagem, desde julho de 1970, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, classificada como um bem móvel/bela arte. 

Muitos vultos importantíssimos na história do Brasil que se detiveram em oração aos pés de Nossa Senhora do Amor de Deus: o alferes Tiradentes e o primeiro Imperador do Brasil, D. Pedro I. Esse último levou sua filha enferma, Princesa do Brasil, aos pés de Nossa Senhora do Amor Divino, para obter a cura da mesma pela intercessão da Rainha do Céu. 

Em 2021, a veneranda imagem foi restaurada pelo artista Carlos Magno de Araújo, da cidade de São João del Rey. 

E no dia 14 de novembro de 2021 a imagem recebeu a Coroação Pontifícia, sendo reconhecida a Devoção pelo Santo Padre, o Papa Francisco. 

Tem-se notícia da devoção à Virgem sob este título já no século XIII, quando na região da planície romana foi construída uma espécie de fortaleza da família Savelli-Orsini, chamada Castel di Leva. 

Sobre uma torre do castelo havia um quadro da Virgem sentada no trono, tendo ao colo o Menino Jesus. Uma pomba desce sobre a Virgem como símbolo do Espírito Santo, que é mesmo o Divino Amor. O quadro, naquela época, era muito venerado pelos pastores da região. 

Na primavera de 1740, um viandante que se dirigia a Roma, chegando perto da torre, foi assaltado por uma matilha e estava para ser devorado; o pobrezinho levantou os olhos, viu a sagrada imagem e pediu ajuda à Mãe de Deus; o milagre se realizou: os cães dispersaram-se de repente, fugindo pelos campos. 

Em 1944, Roma corria o perigo de ser destruída pela guerra. No dia 24 de janeiro, o quadro da Virgem do Amor Divino foi transferido para a cidade. Para obter a libertação os romanos, fizeram três promessas à Virgem: mudar a própria vida, erigir um novo Santuário e realizar uma obra de caridade, em sua honra. 

Nossa Senhora realizou o milagre e Roma foi salva. 

O Papa Pio XII, no dia 11 de junho de 1944, foi rezar com os romanos e deu a Nossa Senhora do Divino Amor o título de “Salvadora de Roma”. 

Existe em Roma o famoso Santuário de Nossa Senhora do Amor Divino, localizado na via Ardeatina, km 12, chamado Santuário Del Divino Amore, um belíssimo templo arquitetônico realizado pelo Frei Constantino Ruggeri. Os vitrais contribuem para criar uma “teofania cósmica”, isto é, uma manifestação do Divino através da luz que chega do alto até cair sobre o altar. Tem por telhado, um tapete de gramado verde, paredes imensas com vidraças de cristal coloridas que dão uma luz mística a todo o espaço. 

O santuário foi inaugurado por São João Paulo II em 1999 e foi incluído nas igrejas peregrinas para o Grande Jubileu de 2000. 

"Nós olhamos para ti, Mãe do Divino Amor, esperando por ti, peia tua materna intercessão, a nossa salvação... Guarda a tua Roma.(Pio XII, 11 de junho de 1944) 


Fonte:
https://mensageiras.com/
https://santuarionsamordivino.com.br/ 


terça-feira, 3 de junho de 2025

Terça-feira, 3 de junho de 2025 - São Carlos Lwanga e companheiros mártires, Memória

 

ORAÇÃO
“Senhor nosso Deus, que fazeis do sangue dos mártires semente de cristãos, concedei que a seara da vossa Igreja, regada com o sangue dos santos Carlos Lwanga e companheiros, produza sempre abundante colheita para o vosso reino.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

03 de junho - SÃO CARLOS LWANGA e Companheiros

 

Memória dos santos Carlos Lwanga e companheiros, com idades entre os quatorze e os trinta anos, pertencentes à corte dos jovens nobres ou ao corpo de guarda do rei Mwanga, inimigo da religião cristã, neófitos ou fervorosos seguidores da fé católica, que por se terem recusado ceder às impuras intenções do rei, uns foram decapitados e outros queimados no monte Namugongo, no Uganda pela sua inquebrantável adesão à fé católica.

Entre eles distinguem-se Carlos Lwanga e seus companheiros.

Em 1877 chegaram os protestantes, primeiros missionários cristãos a pisarem o atual território de Uganda.

Dois anos mais tarde, em 1879, era a vez dos católicos serem acolhidos: os Missionários da África – ou "Padres Brancos", como eram denominados – também passaram a evangelizar Uganda.

Entre os anos 1885 e 1887, foram condenados à morte muitos cristãos em Uganda, por ordem do rei Mwanga, porque ser cristão era absolutamente proibido. 

Carlos e os vinte e um companheiros são os primeiros mártires da África negra.

Assassinados por ódio à fé, São Carlos Lwanga e seus Companheiros, doze católicos e nove anglicanos, são os mártires mais famosos de Uganda, vítimas das perseguições anticristãs no país, perpetradas no final do século XIX.

Carlos Lwanga, chefe dos pajens, foi o primeiro a ser assassinado. Foi queimado lentamente a começar pelos pés. O martírio se deu em 3 de junho de 1886, em Uganda. Um ano após sua morte, o número de catecúmenos já havia se multiplicado por quatro. 

Ao ser lentamente queimado na pira, Carlos falou ao Guardador da Chama Sagrada: "Pobre homem bobo! Não entendes o que estás a dizer. Estás me queimando, mas é como se estivésseis colocando água sobre minha cabeça. Eu estou morrendo por amor a Deus, mas fique atento pois se não te arrependeres, é tu que queimarás pela eternidade." Após, Lwanga ficou orando em silêncio. Quando finalmente percebeu que seu último suspiro estava próximo, gritou: "Meu Deus!".

Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920, pelo papo Bento XV.

Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana” em 1934.

Trinta anos depois, em 1964, o papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires.

O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pajens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.


segunda-feira, 2 de junho de 2025

01 a 08 de junho - SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE CRISTÃ (SOUC), edição 2025

 

No hemisfério Sul, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem, em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a celebração da Semana em diversos estados.

TEMA de 2025: “Crês nisso?” (cf. Jo 11,26).

A motivação bíblica para a Semana de Oração pela Unidade Cristã 2025 (SOUC/2025) nos interroga: “Crês nisso?” (Jo 11,26). A pergunta foi direcionada a Marta, quando Jesus a visitou e sua irmã Maria, após o falecimento de Lázaro. Jesus, que era amigo dos três irmãos, não conseguiu estar presente nem no velório e nem no sepultamento de Lázaro. Jesus conseguiu visitar a família quatro dias após o sepultamento. Todas as pessoas compreenderam que esta era uma visita para prestar solidariedade e consolo à família enlutada.

Quando Marta viu Jesus chegando, correu ao seu encontro enquanto Maria permaneceu dentro de casa. Ao ver Jesus, Marta disse: “Senhor, se tu tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas, mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus te dará”. (Jo 11,21-22). Jesus olhou para Marta e respondeu: “o teu irmão ressuscitará”. (Jo 11,23). Marta respondeu: “Eu sei, que ele ressuscitará, por ocasião da ressurreição no último dia” (Jo 11,24). Diante da afirmação de Marta, Jesus respondeu: “Eu sou a Ressurreição e a Vida: aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá, e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês nisso?” (Jo 11,26)

A SOUC/2025, ao nos perguntar “Crês nisso?” retoma a pergunta que motivou o primeiro Concílio Ecumênico do qual se tem notícias, realizado no ano de 325 d. C., na cidade de Niceia, atual Iznik, na Turquia. Neste ano de 2025, comemoramos 1.700 anos do Concílio Ecumênico da Nicéia.

O Concílio foi convocado pelo imperador romano de nome Constantino, que não era seguidor de Jesus Cristo. Constantino seguia a religião de Roma antiga que era politeísta. Podemos nos perguntar, por que um imperador, não cristão, convocou um Concílio que reuniu lideranças cristãs de diferentes regiões da Ásia Menor? Uma das razões era o contexto geopolítico.

A arte que ilustra todas as comunicações visuais da SOUC deste ano foi criada por Gabriel Zinani, jovem designer gráfico que se destacou pela sensibilidade e profundidade de sua proposta artística, que explica o cartaz:

"Posicionamento de Jesus: Jesus não está à frente dos demais, mas ao lado, demonstrando amor, humildade e zelo por todos que o procuram. Seu manto sobre o ombro remete aos lençóis palestinos, tradicionalmente usados por homens árabes para cobrir a cabeça.

Símbolos de unidade: para representar a união entre o mundo ocidental e oriental, desenhei duas pessoas de mãos dadas — uma mulher com um véu floral e um homem trajando vestimentas típicas do Ocidente — formando um coração de luz com os dedos entrelaçados.

O caminho e a luz: o trajeto que percorrem transmite a ideia de luz e direção, com Jesus ao lado deles segurando um lampião aceso, reforçando que Ele é a Luz a ser seguida.

A pomba da paz: acima deles, uma pomba branca carrega uma cruz bizantina, representando a paz e a união entre Oriente e Ocidente.

Escolha das cores: a paleta de cores e o estilo de pintura foram inspirados na obra “A Noite Estrelada” de Vincent Van Gogh, trazendo uma sensação de conforto, acolhimento e esperança. Para as roupas, escolhi tons claros e florais para simbolizar o Oriente, enquanto o Ocidente é representado por cores neutras e sóbrias."


ORAÇÃO
"Amado Jesus, em um momento de profunda tristeza, Marta pediu por Teu socorro e Tu foste ao encontro dela e lhe perguntou: “Crês nisso?”
Como Marta, diante de situações de sofrimento clamamos por Ti, apesar de, muitas vezes, não conseguimos crer o suficiente no mistério do Teu amor. A incredulidade tira de nós a esperança de que fazes coisas impossíveis de serem compreendidas pela razão humana.
Ajuda-nos a crer no poder da ressurreição. Faças de nós instrumentos de cuidado para tantas pessoas que têm seus corpos feridos pela insanidade das guerras, do racismo, do ódio, da injustiça.
Ajuda-nos, Jesus compassivo, a crermos no mistério do amor e a agirmos de acordo com esta fé.
‘Nós cremos. Ajuda-nos em nossa falta de fé’. Anima-nos para vivermos em unidade em meio a tantos sinais de divisão.
Em nome de Jesus, Amém. ”

IGREJAS MEMBRO DO CONIC
Aliança de Batistas do Brasil- ABB
Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB
Igreja Presbiteriana Unida – IPU

Para saber mais, acesse: https://www.conic.org.br/portal/vivencia-ecumenica/semana-de-oracao-pela-unidade-crista-souc 


01 de junho - SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

 

A Ascensão, que celebra a subida do Senhor ao céu, é uma solenidade litúrgica, comum em todas as Igrejas cristãs, celebrada no quadragésimo dia após a Páscoa da Ressurreição (Cf. At 1,1-3), sempre na quinta-feira da sexta semana do Tempo Pascal, no Vaticano e em alguns países do mundo.

A solenidade da Ascensão do Senhor, no Brasil, é comemorada no domingo seguinte, ocupando o lugar do 7º Domingo da Páscoa.

São João Crisóstomo e Santo Agostinho já se referiam a esta solenidade, mas uma influência incisiva na sua difusão deve-se, provavelmente, a São Gregório Nazianzeno.

Com a Ascensão ao Céu, conclui-se a vida do "CRISTO HISTÓRICO" e se inicia o TEMPO DA IGREJA, ou seja, é quando termina a missão terrena de Jesus e inicia a missão da Igreja.

A Comunidade de discípulos, que acolhe o "testemunho" da proclamação do Evangelho, é uma Comunidade ferida, por causa da ausência de um companheiro, Judas. Embora imperfeita, é a esta Comunidade, concreta e real, que Jesus confiou a missão de dar testemunho do seu Evangelho, da sua proposta de amor.

O Catecismo da Igreja Católica (#668) afirma: “A ascensão de Cristo ao céu significa a sua participação, em sua humanidade, no poder e autoridade de Deus”.

Em Lucas 24,50-53 e Marcos 16,19 temos: Jesus ressuscitado foi elevado ao céu com seu corpo físico, na presença de onze de seus apóstolos. Ascensão significa libertação, cura e transformação.

A Ascensão é uma reafirmação da profissão de fé: "ressuscitou, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai". 

Santo Agostinho de Hipona, bispo nos séculos IV e V, afirmou que o Senhor após a ressurreição foi exaltado além dos altos céus, sentando-se à direita do Pai.

Para São Leão Magno a Páscoa e a Ascensão estão interligadas. Se na solenidade pascal, a ressurreição do Senhor foi causa da alegria para as mulheres, aos discípulos e para a humanidade, a sua Ascensão aos céus é motivo presente de alegria, enquanto faz-se memória e venera-se aquele dia em que a humildade da natureza humana em Cristo foi elevada acima de todas as milícias celestes, das ordens dos anjos, além das potestades, ao trono de Deus Pai. É preciso ter fé neste mistério porque ele exalta o ser humano além do que é visível, para estar no invisível.



domingo, 1 de junho de 2025

01 de junho – 59º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

 

Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (1Pd 3,15-16)

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, estabelecido pelo Concílio Vaticano II, pelo Decreto Inter Mirifica (um dos dois primeiros documentos conciliares) foi criado no ano de 1966, no pontificado do papa Paulo VI. Entretanto, somente no dia 07 de maio de 1967 celebrou-se, pela primeira vez, no mundo inteiro, este dia. Desde então, é festejado sempre no domingo da Ascensão, neste ano, dia 1º de junho de 2025.

"Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações" (cf. 1 Pd 3, 15-16) é o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O tema escolhido para 2025, inspirado em 1 Pd 3,15-16, chama a atenção para o fato de que hoje a comunicação é muitas vezes violenta, visando atacar e não estabelecer as condições para o diálogo. É, então, necessário desarmar a comunicação, purificá-la da agressão.

Dos talk shows televisivos às guerras verbais nas redes sociais, o paradigma que corre o risco de prevalecer é o da competição, da oposição e do desejo de dominar.

O comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé nos chama a atenção: "Para nós, cristãos, a esperança é uma pessoa e é Cristo. E está sempre ligada a um projeto comunitário; quando falamos de esperança cristã não podemos ignorar uma comunidade que vive a mensagem de Jesus de forma credível, ao ponto de dar um vislumbre da esperança que ela traz consigo, e é capaz de comunicar ainda hoje a esperança de Cristo com as obras e as palavras."



01 de junho - SÃO JUSTINO

 

Memória de São Justino, mártir, um filósofo que seguiu retamente a verdadeira sabedoria reconhecida na verdade de Cristo, manifestou-a na sua vida, ensinou-a na sua pregação, defendeu-a nos seus escritos e confirmou-a com a sua morte em Roma no tempo do imperador Marco Aurélio Antonino. 

Depois de ter apresentado ao imperador a sua “Apologia” em defesa da religião cristã, foi entregue ao prefeito Rústico e, confessando perante ele que era cristão, foi condenado à morte, sofrendo o martírio, juntamente com seus companheiros.

Na história da Igreja, muitos Santos empregaram o uso da razão humana para compreender o divino, para penetrar na existência de Deus. Entre eles encontra-se São Justino, que viveu no século II d.C. e morreu mártir no ano 165. 

Justino nasceu no início do século II, em Siquém – hoje, Nablus –, na Samaria, de família pagã. Leigo, apaixonado investigador da verdade, encontrou na fé de Cristo a verdadeira sabedoria.

Justino converteu-se ao cristianismo e, por volta do ano 130, em Éfeso, recebeu o Batismo.

Escreveu diversas obras em defesa da fé cristã, mas apenas se conservam as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. 

Na primeira Apologia lê-se a mais antiga descrição da celebração eucarística.

A “visão de Deus”, para Justino, é a finalidade da filosofia. Com o passar do tempo, Justino funda uma escola filosófica em Roma, e se torna um anunciador incansável de Cristo entre os estudiosos pagãos. 

Escreve e fala de Deus que, finalmente, conseguiu conhecer, mediante a categoria e a linguagem dos filósofos. A fama do missionário-filósofo, do qual se deve a mais antiga descrição da liturgia eucarística, torna-se eterna.

Inclusive o Concílio Vaticano II citou seu ensino em dois grandes documentos: a “Lumen gentium” e a “Gaudium et spes”. 

Para Justino, o cristianismo é a manifestação histórica e pessoal do Logos na sua totalidade. Por isso, afirmou: “Tudo o que de bom foi dito, por qualquer um, pertence a nós, cristãos”.



Domingo, 1 de junho de 2025 - Ascensão do Senhor, Solenidade, Ano C - 59º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

 


ORAÇÃO
“Deus todo-poderoso, fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças, porque a Ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória, como nossa Cabeça, para aí nos chama, como membros do seu Corpo.
Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”