segunda-feira, 30 de junho de 2025

30 de junho - PRIMEIROS MÁRTIRES DO CRISTIANISMO (PROTOMÁRTIRES DA SANTA IGREJA ROMANA)

 

A atual celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos Protomártires da Igreja de Roma, vítimas da perseguição de Nero, em seguida ao incêndio de Roma, ocorrido a 19 de julho de 64.

Logo após a celebração da memória de São Pedro e São Paulo, o calendário recorda os Primeiros Mártires da Igreja de Roma, que foram falsamente acusados por Nero de incendiar a Cidade em 19 de julho de 64 e, por isso, condenados à morte depois de muitas torturas. Todos eram discípulos dos apóstolos e foram os primeiros mártires da santa Igreja romana, antes da morte dos apóstolos. A perseguição continuou até o ano 67 com a decapitação de São Paulo.

Entre os mais ilustres mártires está o príncipe dos apóstolos, crucificado no circo de Nero, onde surgiu a basílica de são Pedro, e o apóstolo dos gentios, são Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense. Após a festividade conjunta dos dois apóstolos, o novo calendário quis justamente celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia.

Os santos protomártires da Santa Igreja Romana, que, acusados de provocar o incêndio da Urbe, por ordem do imperador Nero foram cruelmente mortos com vários suplícios: uns foram expostos aos cães cobertos com peles de animais e por eles devorados; outros crucificados e outros lançados ao fogo, para que, ao declinar o dia, servissem de lâmpadas noturnas. Todos eles eram discípulos dos Apóstolos e primícias dos mártires que a Igreja Romana ofereceu ao Senhor.

O primeiro ato do drama de seu martírio teve início na noite de 19 de julho do ano 64, com os repetidos toques de trombetas dos vigias postados em pontos chave da Capital do mundo. Toques de alerta, bem conhecidos e temidos, logo seguidos dos primeiros gritos: “Fogo!… Fogo!… Fogo!”

Um incêndio dotado de grande poder destruidor.

Este fato é atestado pelo escritor pagão Tácito (Annales 15, 44) e por são Clemente, bispo de Roma, na sua Epístola aos Coríntios (cap. 5-6).

Nessa cidade superpovoada, com bairros pobres nos quais se amontoavam casas de madeira, um incêndio não passava de um acidente corriqueiro. Este, porém, logo revelou ser dotado de grande poder destruidor. Em poucos minutos os brados de “Fogo!”, cada vez mais apavorados, se espalharam pelas ruas do bairro popular do Grande Circo e logo depois por outros bairros.

As chamas pareciam ter-se estendido por várias regiões ao mesmo tempo, devorando implacavelmente lojas comerciais e residências. Encontrando em seu caminho alguns depósitos de óleo e outros materiais combustíveis, alastraram-se por toda a região em torno dos montes Palatino e Célio. Quando por fim elas se apagaram, seis dias depois, haviam destruído dez dos quatorze bairros da grande Metrópole imperial. Tão pavorosa fora a catástrofe que se tornou impossível calcular o número de mortos.

Durante esses terríveis dias, grandes grupos de homens impediam, por meio de ameaças, a ação de todos quantos queriam apagar o incêndio. Mais ainda, todos os historiadores antigos concordam em que foram vistos homens atiçando o fogo.

Os habitantes de Roma imediatamente acusaram Nero de ter provocado o incêndio, ou pelo menos de o ter favorecido. Os antigos historiadores abonam essa acusação, enquanto alguns modernos a rejeitam.

Deixando de lado a controvérsia histórica, o fato inegável é que o monstruoso Imperador, para se livrar da imensa onda de indignação levantada contra ele, lançou a culpa sobre os cristãos. Para o homem que havia mandado matar sua própria mãe, a invenção de uma tal calúnia pesava muito pouco na consciência.

Agindo em consequência, Nero mandou prender, de início, todos quantos se proclamavam cristãos. Delatores movidos pelos mais espúrios interesses logo possibilitaram a prisão de muitos outros. Quantos concretamente? Não se sabe. Um historiador afirma ter sido “uma grande multidão”. Todos foram sumariamente condenados à morte.

Em breve espalhou-se por todo o Império uma palavra de ordem: “Non licet esse christianus — Não é permitido ser cristão”.

O ódio bimilenar de Satanás e de seus asseclas humanos contra a Santa Igreja Católica está bem retratado nas cenas brutais e escabrosas dessa primeira perseguição.

Não se limitaram os algozes a torturar e depois decapitar ou crucificar as inocentes vítimas, em espetáculos no Circo de Calígula e Nero, localizado na Colina do Vaticano. “Tudo quanto se pode conceber na imaginação de um sádico a quem se concedesse plena liberdade para praticar o mal, foi posto em prática numa atmosfera de pesadelo”, afirma o historiador Daniel Rops, em sua monumental obra História da Igreja de Cristo.

O Imperador mandou franquear à população o jardim do parque imperial. Aí se organizaram “caçadas” nas quais os alvos eram cristãos revestidos de peles de animais ferozes para, assim, serem perseguidos e por fim dilacerados pelos cães. Mulheres eram arremessadas ao ar por brutais chifradas de touros, numa alegoria a episódios de uma fábula pagã. Não faltaram sequer ignominiosos ultrajes e atentados à virgindade das donzelas.

Caindo a noite, os carrascos ergueram numerosos postes ao longo das alamedas do parque, nos quais amarraram corpos de cristãos besuntados de resina e pez, e lhes atearam fogo, a fim de servirem de iluminação para a “festa”. Vestido de cocheiro, Nero passeava com seu carro puxado a cavalos pelas alamedas abarrotadas de embasbacados espectadores e iluminadas por essas tochas humanas.

São Clemente Romano, o terceiro sucessor de São Pedro, relata as horrorosas cenas dessa noite, das quais foi testemunha ocular. E o historiador latino Tácito, homem claramente hostil ao Cristianismo, escreveu que tal excesso de atrocidade acabou por levantar em algumas parcelas da opinião pública um movimento de pena em relação aos cristãos.

Estes são os Protomártires da Igreja de Roma. Seus nomes são desconhecidos nesta terra, mas no Céu eles brilham como sóis por toda a eternidade, e lá intercedem por nós que aqui celebramos sua gloriosa memória.

Por que Nero perseguiu os cristãos? Diz-nos Cornélio Tácito no XV livro dos Anais: “Como circulavam vozes que o incêndio de Roma tivesse sido fraudulento, Nero apresentou como culpados, punindo-os com penas excepcionais, os que, odiados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo cristãos”.

Nos tempos de Nero, em Roma, ao lado da comunidade judaica, vivia a pequena e pacífica comunidade dos cristãos. Sobre estes, pouco conhecidos, circulavam notícias caluniosas. Nero descarregou sobre eles, condenando-os a cruéis sacrifícios, as acusações feitas a ele.

Por outro lado, as ideias professadas pelos cristãos eram desafio aberto aos deuses pagãos, ciumentos e vingativos.

Os pagãos — lembrará mais tarde o escritor Tertuliano — atribuem aos cristãos toda sorte de calamidade pública, todo flagelo. Se as águas do Tibre saem do leito e invadem a cidade, se ao contrário as águas do Nilo não crescem para inundar os campos, se houver seca, carestia, peste, terremoto, é tudo culpa dos cristãos, que desprezam os deuses, e de todos os lados se grita: os cristãos aos leões!”

Nero teve a responsabilidade de haver dado início à absurda hostilidade do povo romano, que na verdade era muito tolerante em matéria de religião, em relação aos cristãos: a ferocidade com a qual atingiu os presumíveis incendiários não encontra justificação nem no supremo interesse do império.

Episódios horrendos como os das tochas humanas, cobertas de piche e incendiadas nos jardins da colina Oppio, ou como o de mulheres e crianças vestidas com peles de animais e abandonadas à mercê dos animais ferozes no circo, foram tais que chegaram a produzir sentimento de piedade e de horror no povo romano.

Então — escreve ainda Tácito — manifestou-se um sentimento de piedade, ainda que se tratasse de gente merecedora dos mais exemplares castigos, porque se via que eram eliminados não pelo bem público, mas para satisfazer a crueldade de um indivíduo”, Nero. A perseguição não se limitou àquele verão fatal de 64, mas se prolongou até o ano 67.



domingo, 29 de junho de 2025

Domingo, 29 de junho de 2025 - São Pedro e São Paulo Apóstolos, Solenidade, Ano C - Dia do Papa e do Óbolo de São Pedro

 

ORAÇÃO
"Ó Deus, que hoje nos concedeis a santa alegria de festejar os apóstolos São Pedro e São Paulo, dai à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram os fundamentos da fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”


29 de junho - SÃO PEDRO e SÃO PAULO, Apóstolos

 

A Solenidade de São Pedro e São Paulo é celebrada, em conjunto, no dia 29 de junho, data do martírio.

Celebramos hoje a festa dos apóstolos Pedro e Paulo, conhecidos desde os inícios da Igreja como “os principais entre os apóstolos”.

Simão, filho de Jonas e irmão de André, foi o primeiro entre os discípulos a confessar que Jesus era Cristo, Filho de Deus vivo, por quem foi chamado Pedro. 

Paulo, o Apóstolo dos gentios, pregou Cristo crucificado aos Judeus e aos Gregos. 

Ambos, na fé e no amor de Jesus Cristo, anunciaram o Evangelho na cidade de Roma e morreram mártires no tempo do imperador Nero.

Pedro, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo e sepultado no Vaticano, junto à Via Triunfal.

Paulo morreu ao fio da espada e foi sepultado junto à Via Ostiense. 

O triunfo dos dois Apóstolos é celebrado neste dia com igual honra e veneração em todo o orbe da terra.

Jesus quis a sua Igreja: unida na fé e na caridade, sob o pastoreio do apóstolo Pedro; missionária e evangelizadora entre todos os povos, inspirada no exemplo do apóstolo Paulo.

As duas dimensões da Igreja são necessárias e se completam.

Jesus deu a Pedro a missão de confirmar os irmãos na verdadeira fé, esperança e caridade. 

Paulo, após a sua conversão, se dedicou inteiramente à missão de tornar Cristo conhecido, acolhido e amado.

Paulo representa a Igreja missionária, que não mede esforços para anunciar o Evangelho e para organizar as comunidades cristãs no testemunho da fé e da vida cristã. 

Paulo, chamado de maneira extraordinária depois da ressurreição de Jesus, recebeu a missão de levar o Evangelho aos povos pagãos e de lhes abrir as portas da fé em Cristo.



29 de junho - SÃO PEDRO APÓSTOLO, o 1º Bispo de Roma

 

Pedro foi apóstolo de Cristo.

Pedro foi o primeiro, entre os discípulos, a professar a fé em Jesus Cristo e a dar testemunho da sua pregação, morte e ressurreição; ele foi chamado a reunir e guiar a comunidade apostólica.

É tido como o fundador da Igreja Cristã em Roma, e considerado pela Igreja Católica como seu primeiro papa. Recebeu de Jesus o encargo de governar a Igreja.

Seu nome de nascimento era Simão e foi Jesus quem o chamou de Pedro.

Natural de Betsaida, um pequeno vilarejo às margens do lago de Genesaré, ou Mar da Galileia, no norte de Israel, vivia em Cafarnaum e era pescador no Lago de Tiberíades.

Era filho de Jonas e tinha um irmão, André – este foi quem o apresentou a Jesus.

São Pedro era pescador e possuía um barco em sociedade com seu irmão.

O Mestre o convidou a segui-lo, juntamente com seu irmão André. Com Tiago e João, testemunharam alguns acontecimentos importantes: a ressurreição da filha de Jairo, a Transfiguração, a agonia no Horto das Oliveiras.

Quando Jesus conheceu Simão, disse a ele uma frase que mudaria sua vida: “Você será pescador de homens”. A partir daí, Simão começou seguir Jesus. “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-19).

Por pregar o Evangelho destemidamente – passou por Jerusalém, Palestina, Antioquia, Corinto e Roma – São Pedro foi preso diversas vezes.

Certa vez, em Jerusalém, um anjo de Deus o libertou da prisão passando por vários guardas.

Depois de evangelizar e animar a Igreja em muitos lugares, Pedro foi para Roma. Lá, liderou a Igreja que crescia, apesar das perseguições.

Quando, os romanos descobriram seu paradeiro, prenderam-no e condenaram-no à morte de cruz por ser o líder da Igreja de Jesus Cristo.

São Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por não se julgar digno de morrer como seu Mestre.

Pedro morreu mártir sob o imperador Nero, no ano de 67 d.C., e seus restos mortais foram depositados no cemitério que havia na colina do Vaticano.

Na época, o imperador Constantino construiu a primeira igreja sobre o túmulo do apóstolo.

Seus restos mortais estão sob o altar da Basílica de São Pedro em Roma.

O martírio do primeiro Bispo de Roma é recordado em 29 de junho, junto com São Paulo. 



29 de junho - SÃO PAULO APÓSTOLO, O Apóstolo dos Gentios

 

Paulo é considerado o Apóstolo dos Gentios, o maior missionário da história, o primeiro teólogo cristão.

Era fariseu, convertido a Cristo, e consagrado, sem reservas, ao anúncio da encarnação, morte e ressurreição de Jesus.

Seu martírio é recordado no dia 29 de junho, junto com São Pedro. 

Saulo, judeu de Tarso, na atual Turquia, era um cidadão romano, não conhecia Jesus e, por isso, foi um dos primeiros a perseguir os cristãos.

Foi mencionado nas Escrituras, pela primeira vez, na narração da lapidação de Estêvão – primeiro mártir cristão – em Jerusalém.

Depois de sua experiência em Damasco, Paulo foi batizado, entrou em contato com a pequena comunidade cristã local, apresentou-se na Sinagoga e deu testemunho do que lhe havia acontecido. Assim, começou seu apostolado: agregou-se aos discípulos de Damasco e iniciou a pregar com entusiasmo.

Paulo encontra Jesus de um modo misterioso: depois de anos de perseguição contra a Igreja – encontra Jesus no caminho de Damasco e depois torna-se o grande discípulo missionário – a Igreja celebra a festa da conversão de São Paulo em 25 de janeiro.

Paulo é em tudo dedicado à missão evangelizadora.

As suas viagens o levaram à Arábia, Grécia, Turquia, Itália.

Em Roma, virou prisioneiro por causa da fé, mas continuou a evangelizar, ainda que em meio a muitas dificuldades.

Mesmo antes de se tornar cristão, Saulo demonstrava grande zelo pela fé que professava.

Ele era um fariseu, ou seja, um judeu praticante, fervoroso e conhecedor das Escrituras.

Para ele, a nova seita nascente dos ‘seguidores de Cristo’ era uma afronta ao judaísmo e tinha que ser eliminada.

Quando se encontrou com o próprio Jesus, reconheceu seu erro e se converteu.

O manto vermelho de São Paulo significa seu martírio.

A espada na mão de São Paulo simboliza a forma pela qual ele foi morto: a decapitação.

Ao final de sua vida, sabendo que sua morte estava próxima, Paulo escreveu a seu discípulo Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” (2Tm 4,7).

O apóstolo foi condenado à morte por um tribunal romano, porque era cristão.

Foi decapitado, diz-se que em 29 de junho do ano 67 d.C, porque era cidadão romano e por isso não podia ser crucificado.



29 de junho - DIA DO PAPA

 

Hoje é o Dia do Papa. Ele tem a missão de confirmar a Igreja nos caminhos do Evangelho em nossos dias.

Neste dia recordamos a eleição de São Pedro por Cristo: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. O qual humildemente aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja.

O Papa, como Sucessor de Pedro, é o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade, tanto dos bispos como da multidão de fiéis.

É Pastor de toda a Igreja e tem poder pleno, supremo e universal. 

O Dia do Papa é uma data religiosa que tem o propósito de homenagear o trabalho do líder da Igreja Católica Apostólica Romana: o Papa. Eleito pelo Colégio dos Cardeais, esse posto é vitalício.

Ele é o maior líder religioso entre os católicos, com o poder e obrigação de disseminar entre todos os demais membros do clero a palavra de Deus e, consequentemente, para todas as pessoas com fé nesta doutrina.

A sede do Papado é no Vaticano, um estado independente localizado dentro da cidade italiana de Roma.

O Dia do Papa é celebrado em referência a São Pedro, que foi o “pai da Igreja Católica” e primeiro Papa da história, conforme narra a Bíblia e a Tradição.

Os bispos legitimamente escolhidos, nomeados e ordenados, e em comunhão com o Papa, também são sucessores dos Apóstolos e, cada um em sua diocese, é pastor da única e mesma Igreja de Cristo. Junto com o Papa, eles são corresponsáveis pela Igreja inteira. 

Papa Leão XIV (Robert Francis Prevost, nome de batismo) é o 267º Papa da Igreja Católica, e o chefe do Estado do Vaticano desde 08 de maio de 2025, sucedendo o Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril de 2025.

A Igreja Católica está com Pedro e com seus Sucessores. “Ubi Petrus, ibi Ecclesia” (onde está Pedro, aí está a Igreja).

Hoje, rezemos pela Igreja, de maneira especial, para que, em união com o Papa e o Episcopado, ela caminhe com serenidade e na unidade, dando ao mundo o testemunho do Evangelho da esperança.




29 de junho - DIA DO ÓBOLO DE SÃO PEDRO

 

A coleta do Óbolo de São Pedro acontece todos os anos no domingo da celebração da solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

A coleta para o Óbolo de São Pedro, é destinada para as obras sociais, iniciativas humanitárias e de promoção social do Papa.

Com estes recursos o Papa pode oferecer ajuda às Dioceses, aos institutos religiosos e aos fiéis em sérias dificuldades.

A arrecadação na coleta de todas as missas deste dia é encaminhada integralmente à cúria de cada arquidiocese ou diocese, que por sua vez envia à Nunciatura Apostólica, que é a representação do Vaticano no Brasil.

Este gesto de caridade se define como uma ajuda financeira que os fiéis de todo mundo oferecem ao Santo Padre, como sinal de adesão à solicitude do Sucessor de Pedro relativamente às múltiplas carências da Igreja e às obras de caridade em favor dos mais necessitados.

Nasceu com o próprio cristianismo a prática de sustentar materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho, a fim de poderem entregar-se inteiramente ao seu ministério, tomando cuidado também dos mais necessitados (cf. Atos dos Apóstolos 4,34;11,29).

O Dia da Caridade do Papa oferece às comunidades de todo o mundo a possibilidade de fazer doações para o Óbolo de São Pedro e, assim, apoiar a missão do Bispo de Roma. Missão de paz, de caridade, de proximidade com aqueles que estão em dificuldades.

Com uma oferta, que pode ser doada nesse dia especial, assim como em qualquer outro dia do ano, qualquer pessoa pode colaborar ativamente na missão universal do Papa, nunca tão necessária como em nossos dias, em um mundo devastado por guerras, pela corrida armamentista, pela injustiça, pelo sofrimento de tantos pobres e por ataques à sacralidade da vida humana e à dignidade da pessoa.

Graças às atividades de serviço realizadas pelos dicastérios da Santa Sé que o assistem diariamente, o Papa faz com que sua voz chegue a tantas situações difíceis. Ele apoia obras de caridade em favor de pessoas e famílias em dificuldade, ajuda as populações afetadas por desastres naturais e por guerras.

A mensagem do Sucessor de Pedro é uma mensagem universal, que brota do Evangelho, e para chegar a todos precisa do apoio de cada um de nós. Portanto, ajude o Papa a ajudar, ofereça sua contribuição para colaborar com sua missão, torne possível sua proximidade a todas as periferias geográficas e existenciais, coopere para levar sua mensagem e sua voz profética a todo o mundo, apoie sua incansável ação em favor da paz e da fraternidade.

O Óbolo de São Pedro é uma oferta que pode ser pequena, mas tem grande valor simbólico. É uma maneira concreta de fortalecer nosso senso de pertença à Igreja e nosso amor pelo Bispo de Roma, que preside todas as Igrejas na caridade.

Quem doa ao Óbolo não apenas ajuda o Papa a ajudar aqueles que sofrem, mas também participa de sua missão de proclamar o Evangelho e coopera no serviço que o Papa oferece às Igrejas locais por meio dos dicastérios da Santa Sé e da rede de seus representantes no mundo, apoiando a promoção do desenvolvimento humano integral, da educação, da paz, da justiça e da fraternidade.



sábado, 28 de junho de 2025

Sábado, 28 de junho de 2025 - Imaculado Coração da Bem-aventurada Virgem Maria, Memória

 

ORAÇÃO
"Senhor nosso Deus, que preparastes no coração da Virgem santa Maria uma digna morada do Espírito Santo, transformai-nos, por sua intercessão, em templos da vossa glória.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”


28 de junho - IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

 

A festa do Imaculado Coração de Maria é celebrada no sábado seguinte à solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que é sempre na segunda sexta-feira após a Solenidade de Corpus Christi.

Memória mariana de origem devocional, instituída por Pio XII, esta celebração do Imaculado Coração da Virgem santa Maria nos convida a meditar no mistério de Cristo e da Virgem Maria, na sua interioridade e profundidade. 

A devoção ao Imaculado Coração de Maria está intimamente ligada à devoção ao Sagrado Coração de Jesus, pois o coração da Mãe está intimamente ligado ao coração do Filho. Maria, por ser concebida sem pecado, tem um coração puro e imaculado, livre de qualquer mancha de pecado.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria é uma forma de honrar a pureza e o amor da Virgem Maria e de buscar a sua intercessão para a conversão e salvação da humanidade.

Dirijamo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado, coração de mãe, partilhou ao máximo a «compaixão» de Deus, especialmente da paixão e da morte de Jesus. Ajude-nos Maria a ser mansos, humildes e misericordiosos com os nossos irmãos” (Papa Francisco)

Maria, que conservava no seu coração os mistérios da salvação, é morada do Espírito Santo, sede da sabedoria, imagem e modelo da Igreja, que escuta e dá testemunho da mensagem do Senhor.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria remonta aos inícios da Igreja, pois tem suas raízes mais profundas nas Sagradas Escrituras. Nelas, encontramos referências ao Imaculado Coração no Evangelho segundo São Lucas, o “pintor” da Santíssima Virgem: “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). “Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2,51).

Nos séculos seguintes, surgiram outros grandes devotos do Imaculado Coração de Maria, bem como do Coração de Jesus, como São Bernardo, Santa Gertrudes, Santa Brígida, São Bernardino de Sena e São João Eudes. Este último foi o maior apóstolo da devoção ao Coração de Maria.

Foi São João Eudes (1601-1680) o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis.

Esta festa tornou-se pública em 1648 entrando assim na liturgia comum e, a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.

A Santa Sé mostrou-se favorável ao culto ao Imaculado Coração no início do século XIX.

Em 1805, o Papa Pio VII concedeu a autorização para a celebração da festa às dioceses e às congregações religiosas que lhe pediam.

No ano de 1855, o Papa Pio IX aprovou a Missa e o Ofício próprios do Imaculado Coração de Maria.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria ganhou força após as aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, em 1917, onde ela pediu que fosse estabelecida no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração.

A Virgem Maria expressou o desejo de que as pessoas se consagrassem ao seu Coração Imaculado e que se praticasse a devoção reparadora dos cinco primeiros sábados.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 8 de dezembro de 1942, na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria e, três anos depois, estendeu a festa do Imaculado Coração de Maria para toda a Igreja Católica.

No dia 4 de maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para a paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o amor pela pureza e pelas virtudes.

Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagrou o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria.



28 de junho - SANTO IRINEU DE LYON

 

Memória de Santo Irineu, bispo, que, como escreve São Jerônimo, foi desde a infância discípulo de São Policarpo de Esmirna e guardou fielmente a memória dos tempos apostólicos.

Santo Irineu de Lião ou Lyon é o novo doutor da Igreja, reconhecimento merecido por ser um dos teólogos da Igreja nos séculos II e III e por ter vivido o seguimento a Jesus Cristo, ter desenvolvido a doutrina trinitária, cristológica, eclesiologia e salvífica influenciando as visões posteriores dos santos padres.

Era presbítero de Lyon quando sucedeu ao bispo São Potino e, segundo a tradição, recebeu como ele a coroa do martírio.

Escreveu muito sobre a tradição apostólica e compôs livros excelentes contra os hereges para defender a fé católica.

Irineu nasceu por volta do ano 130 e foi educado em Esmirna.

Foi discípulo de são Policarpo, bispo desta cidade, e guardou fielmente a memória dos tempos apostólicos.

Foi promotor da reconciliação na controvérsia sobre a Páscoa, tutelou a integridade da doutrina cristã, ameaçada pelo gnosticismo, aprofundou em obras de grande valor a compreensão das Escrituras e dos mistérios da fé.

Grande bispo e mártir, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II. Ele escreveu muitas obras, mas chegaram até nós em fragmentos ou mesmo os títulos. Ele também elaborou muitas cartas e as enviava para as Igrejas vizinhas para confirmá-las na fé cristã, ou mesmo para advertir certos irmãos para seguir a verdade em Jesus Cristo.

No ano de 175, foi enviado a Roma para, junto do Papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas, fanáticos, vindos do Oriente, que pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

No ano 177 era presbítero em Lyon, na França, e, pouco tempo depois, foi eleito bispo da mesma cidade, sucedendo ao bispo são Potino.

Segundo a tradição, recebeu como ele a coroa do martírio, por volta do ano 202.

Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos.

Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.