sábado, 24 de maio de 2025

24 de maio - NOSSA SENHORA AUXILIADORA

 

Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano de 1571, em eventos históricos, como a vitória na batalha de Lepanto, onde a Virgem Maria foi invocada por Dom João da Áustria.

Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu e afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. 

A festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, após ser libertado da prisão em França por Napoleão Bonaparte, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus.

Dom Bosco, o fundador da Congregação Salesiana, foi um grande devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, que ele colocou à frente de sua obra educacional para a proteção da igreja e dos cristãos, especialmente em momentos de dificuldade, e a sua devoção tem fortes ligações com a obra e a vida de São João Bosco.

São João Bosco foi um grande propagador do amor a esta devoção mariana, porque a própria Virgem Maria apareceu a ele em 1860 e assinalou o lugar em Turim (Itália) onde queria que fosse construído um templo em sua homenagem. Do mesmo modo, pediu para ser homenageada com o título de “Auxiliadora”.

Em 1863, são João Bosco começou a construção da igreja com alguns centavos, mas com a intercessão da Santíssima Virgem Maria, em 9 de junho de 1868, apenas 5 anos depois, foi realizada a consagração do templo.

O santo costumava dizer: “Cada tijolo deste templo corresponde a um milagre da Santíssima Virgem Maria”. A partir daquele Santuário, começou a espalhar pelo mundo a devoção a Maria sob o título de Auxílio dos Cristãos.

O papa são João XXIII cultivou uma especial devoção a Nossa Senhora Auxiliadora. 

São João Paulo II costumava visitar a igreja de santo Estanislau Kostka dos salesianos, em Cracóvia, entre os anos 1938 e 1944, e muita vez rezou na capela de Nossa Senhora Auxiliadora. 

O papa Francisco, durante sua visita apostólica a Turim em 2015, por ocasião dos 200 anos do nascimento do fundador dos salesianos, são João Bosco, contou que durante a sua infância foi educado em um colégio salesiano e aprendeu a amar Nossa Senhora Auxiliadora.



24 de maio - NOSSA SENHORA DA ESTRADA (Madonna della Strada), a padroeira da Companhia de Jesus (Jesuítas)

 

A tradição mais antiga da invocação a Nossa Senhora da Estrada teve início no começo século XIII, na Itália.

Nessa época um desconhecido colocou um quadro com a imagem de Maria e o menino Jesus, de autoria anônima, numa velha capelinha à beira da estrada, logo na saída de um dos caminhos que ligavam Roma ao interior.

Surpresos, os viajantes começaram a parar diante da capelinha para orar a Deus pedindo a sua proteção com a ajuda da Virgem Maria.

A mais antiga era aquela capelinha, mas foi derrubada, reconstruída e dedicada à Santa Maria da Estrada, onde o quadro original permaneceu para a veneração dos fiéis.

Depois da sua aprovação canônica, os jesuítas (Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola) receberam do Papa Paulo III, em 1541, a sua primeira igreja e paróquia, Santa Maria da Estrada, na cidade de Roma, no mesmo local no qual hoje se ergue a Igreja de Jesus (Chiesa del Gesù).  A imagem de Nossa Senhora da Estrada (Madonna della Strada) tem suas origens nesta modesta capelinha.

Três anos depois, anexa a ela se construiu a casa da Companhia de Jesus, ou ‘casa de La Strada’ onde o fundador da recente Ordem viveu até o final da vida.

De novo, em 1602, a igreja foi demolida, desta vez com parte da casa anexa, para dar lugar à igreja titular da Companhia de Jesus. Entretanto, dentro do novo templo, chamado igreja "del Gesú" construíram uma pequena réplica da capelinha para abrigar o quadro original da imagem de Nossa Senhora da Estrada. 

Madonna Della Strada ou Santa Maria Della Strada (Nossa Senhora do Caminho ou Santa Maria da Boa Estrada) é uma pintura da Virgem Maria consagrada na Igreja do Gesù em Roma, igreja-mãe da Sociedade de Jesus (jesuítas) ordem religiosa da Igreja Católica; é uma variação do tipo de ícone ortodoxo oriental..

Nossa Senhora da Estrada, também conhecida como Madonna della Strada, é a padroeira da Companhia de Jesus (Jesuítas) e sua devoção é especialmente forte entre os jesuítas. A devoção a Nossa Senhora da Estrada é celebrada principalmente em Roma, onde Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, rezava diante de uma imagem dela, localizada na Igreja do Gesù.

Nossa Senhora da Estrada (Madonna della Strada) é também conhecida como Nossa Senhora do Caminho ou Nossa Senhora da Rua ou Santa Maria da Estrada ou Santa Maria Della Strada (Nossa Senhora do Caminho ou Santa Maria da Boa Estrada ou Santa Maria do Bom Caminho). Em algumas localidades essa imagem é venerada com o nome de Nossa Senhora dos Viajantes. A imagem é uma representação de Maria como guia e protetora, que acompanha os fiéis em sua jornada espiritual, especialmente em momentos de dúvida e incerteza.

Santo Inácio celebrava a Santa Missa todos os dias, no altar de Nossa Senhora da Estrada. E nesta casa Santo Inácio passou o resto de sua vida. De lá ele dirigiu a Companhia de Jesus, escreveu suas cartas, escreveu as Constituições, recebeu visitas e morreu em 31 de julho de 1556. Seu corpo foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora da Estrada.

Depois da canonização de Santo Inácio, o 29 de julho de 1622, seus restos mortais foram levados para o altar da Igreja do Gesù, perto da Capela de Nossa Senhora da Estrada.

A imagem de Nossa Senhora da Estrada foi canonicamente coroada em 1638 e ocupa um lugar importante, com notável veneração dos fiéis.



24 de maio - ESTER, Rainha da Pérsia

 

A Rainha Ester deu seu nome a um dos livros das Sagradas Escrituras e é uma das mulheres mais importantes de toda a história bíblica, mas não é celebrada no Rito Romano.

O livro de Ester data provavelmente do fim do período persa (350 a.C).

Por ocasião da morte de seus pais, foi adotada por seu primo Mardoqueu. Ambos pertenciam à tribo de Benjamim. A família havia sido deportada no ano 597 a.C., no tempo do rei Nabucodonosor, para a Babilônia e Mardoqueu nascera no exílio. Xerxes I, conhecido com o nome de Assuero (485-465 a.C), foi o terceiro sucessor de Ciro, rei dos persas. Ele havia repudiado sua mulher, Vasti, porque ela recusara obedecê-lo, e procurava uma nova esposa. Por conselho de Mardoqueu, Ester se candidatou, mantendo em segredo que era judia. E o rei a elegeu sua esposa favorita. Mardoqueu pediu que Ester intercedesse junto ao rei para que a matança dos Hebreus não acontecesse, e o povo judeu se salvou graças à intercessão da Rainha Ester. Ester se tornou rainha da Pérsia e foi usada por Deus para salvar todo o povo hebreu.

Temas específicos do livro de Ester:

O nacionalismo religioso, o antijudaísmo e a desforra dos judeus.

Ester ocupa um lugar entre as “mulheres de valor” na Bíblia.

A intervenção de Ester em prol de seu povo.

Conteúdo geral do livro de Ester:

O rei persa Assuero depõe a rainha Vasti porque ela se recusa apresentar-se para ser admirada no seu banquete.  Ester filha adotiva do israelita Mardoqueu torna-se rainha, sem revelar sua origem. O funcionário persa Amã convence Assuero a editar um decreto contra os judeus, mas Mardoqueu convence Ester a intervir pelo seu povo, mesmo com perigo de vida. Ester se apresenta ao rei, que lhe dá ouvido. Num banquete que reúne Assuero, Ester e Amã, este é desmascarado e em seguida enforcado na forca que preparara para Mardoqueu. O rei recompensa Ester e Mardoqueu e permite que enviem uma carta para todo o reino, dando aos judeus direito de desforra caso sejam atacados. São organizados dia de desforra na capital e no interior, que dão origem à festa de Purim.


 

24 de maio - SANTA JOANA

 

Comemoração de Santa Joana, esposa de Cuza, alto funcionário de Herodes Antipas, que, juntamente com outras mulheres, seguiam e serviam, com os próprios bens, a Jesus e os Apóstolos conforme as suas possibilidades.

Joana é citada na Bíblia apenas duas vezes no Evangelho de Lucas (caps. 8,1-3; 24,1-10). Na primeira referência, encontramos a única informação sobre sua vida pessoal, no caso, o nome de seu marido.

O texto do Evangelho nos diz que seu marido, Cuza, era “alto funcionário de Herodes” (Lc 8,3). Com base nessas palavras, não se sabe exatamente se Cuza era oficial da casa de Herodes, um mordomo, ou um oficial de seu governo.

Na mesma passagem, Joana é citada, juntamente com Maria Madalena e Suzana, como pertencendo a um grupo de mulheres que serviam ao Senhor Jesus e seus discípulos com seus próprios bens, ou seja, a contribuição dessas mulheres ajudava a sustentar o ministério itinerante do Senhor, que percorria “cidades e povoados” (Lc 8,1).

Lucas menciona Joana como estando entre as mulheres da Galileia que foram até o túmulo de Jesus (Lc 23,55-24,10). Joana foi uma das mulheres que escutaram pessoalmente as palavras: “Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, Ressuscitou” (Lc 24,5,6).

No dia da Ressurreição do Senhor encontrou a pedra do túmulo removida e foi anunciá-lo aos discípulos, junto com Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago.



24 de maio – SÃO MANAÉM

 

Comemoração de São Manaém, irmão colaço do tetrarca da Galileia, Herodes Antipas, que viveu na época de João Batista, a quem mandou degolar, após fazer uma promessa irrefletida à filha da mulher que tomara de seu irmão.

São Manaém foi doutor e profeta na Igreja de Antioquia, sob a graça do Novo Testamento.

É mencionado em um elenco dos “profetas e doutores” da Igreja em Antioquia (At 13,1). Atos 13,3 diz que Manaém era líder da igreja em Antioquia, e que era irmão de criação de Herodes, provavelmente, do Antipas. Manaém orava e jejuava com Barnabé, Simeão Niger, Lúcio de Cirene e Paulo. 

O mestre Manaém em Antioquia foi, segundo a Bíblia, um dos profetas e mestres que depois de jejuar e orar, impuseram as mãos, sob a influência do Espírito Santo, a Saulo e Barnabé antes do início da sua viagem missionária.

Todos os Herodes foram, em maior ou menor grau, tiranos, assassinos e imorais, mas ainda assim, um dos seus foi ganho para a causa de Cristo!

Pouco se sabe da vida do Manaém, mas o pouco que sabemos nos ensina que mesmo de dentro da casa de pessoas tão perversas, Deus pode suscitar um filho seu.



sexta-feira, 23 de maio de 2025

23 de maio - NOSSA SENHORA DO CENÁCULO

 

O título "Nossa Senhora do Cenáculo" refere-se a Maria, mãe de Jesus, e está associado ao local onde ela se encontrava com os apóstolos, após a ascensão de Jesus, antes do Pentecostes.

A devoção à Santíssima Virgem do Cenáculo está fundamentada nas Sagradas Escrituras (Cf. At 1,12-14), que falam da presença de Maria no Cenáculo, junto aos apóstolos e alguns outros discípulos, depois da Ascensão do Senhor, na espera do Espírito Santo. 

O Cenáculo era uma sala grande, situado na cidade de Jerusalém, cedida por um amigo de Jesus. Tal sala conserva-se até hoje em Jerusalém, na chamada “Cidade Velha”, perto do monte Sião. Trata-se de um local importante para a fé cristã, pois ali aconteceu a última ceia, onde Jesus instituiu a Eucaristia, a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes e vários outros fatos marcantes.

Após a morte de Jesus, seus discípulos estavam desanimados, desapontados e com muito medo. Maria foi a Mãe que permaneceu ao lado deles em todos os momentos. Com eles e outras mulheres permaneceu no Cenáculo, animando-os e encorajando-os. Sua presença, sua palavra, oração e atitude fizeram com que os apóstolos permanecessem unidos esperando a vinda do Espírito Santo que Jesus havia prometido.

O Cenáculo de Jerusalém era o lugar da espera confiante, o lugar onde os apóstolos e as mulheres que seguiram de perto Jesus permaneceram reunidos e unidos com Maria. Por isso, ela é no Cenáculo a Mãe que mantém unidos os filhos.

O Cenáculo é a sede da sabedoria, o lugar da reunião e união dos apóstolos, o lugar privilegiado do início da Igreja. Nossa Senhora do Cenáculo é a Mãe, a Rainha dos Apóstolos. É aquela que depois de Jesus mais se empenhou na educação e formação da fé dos apóstolos e dos primeiros discípulos da era cristã.

O Cenáculo foi o lugar onde Jesus fez sua primeira aparição aos apóstolos, no dia de sua ressurreição. Na ocasião, Ele disse: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.(Jo 20,21-23).

É provável que Maria estivesse também presente quando o Senhor Ressuscitado apareceu aos apóstolos nesse mesmo cenáculo, depois de ter aparecido a Ela em primeiro lugar, de acordo com uma antiga tradição, recolhida por São João Paulo II nas suas Catequeses marianas. 

O Pentecostes de Nossa Senhora aconteceu no momento da Anunciação, onde o Espírito Santo entra em sua vida e torna-se seu Esposo, acompanhando-a a partir desse momento ao longo de sua vida.


quinta-feira, 22 de maio de 2025

22 de maio - SANTA RITA DE CÁSSIA, religiosa agostiniana

 

Santa Rita de Cássia nasceu por volta de 1381, em Roccaporena, um vilarejo localizado no sopé do Monte Rucino, no município de Cássia (Úmbria, Itália).

Santa Rita de Cássia, religiosa agostiniana, viveu na Úmbria, região da Itália central, no século XV que, casada com um esposo violento, suportou pacientemente a sua crueldade e o reconciliou com Deus. 

Depois de ter perdido o esposo e os filhos, Rita procurou as Irmãs Agostinianas do Mosteiro de S. Maria Madalena, em Cássia. Em virtude do histórico violento de seu esposo e das rixas entre seus cunhados e a família dos assassinos, foi-lhe negado o ingresso por três vezes, sendo-lhe permitido somente após uma reconciliação pública entre as famílias. Era o ano de 1407 ou 1413, e Rita tinha cerca de 30 anos.

No Mosteiro, Rita se dedicava ao máximo para viver como uma irmã religiosa perfeita. Se submeteu docilmente a todo processo de formação, aprimorou o dom da pobreza doando tudo o que possuía, aprofundou-se na escuta da Palavra e da regra agostiniana, e principalmente, fez-se em tudo obediente. Por fim professou solenemente seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.

Se não bastasse todo o sofrimento que a vida lhe ofertara, Rita ansiava por viver na carne uma parcela das dores vividas por Cristo em sua paixão. Este desejo foi a causa de muitas de suas orações, e sua prece foi atendida em 1432: enquanto contemplava o Crucifixo, sentiu um espinho da coroa de Cristo cravar em sua testa, produzindo uma ferida profunda. Para muitos biógrafos, tal ferida era dolorosíssima, com constante sangramento, e expelia um odor pútrido, obrigando Rita a viver isolada das demais religiosas. Tal ferida só desapareceu momentaneamente por ocasião de uma peregrinação à Roma, para a canonização de São Nicolau de Tolentino, em 1446.

Após o retorno de Roma a ferida abriu-se novamente, e sangrou por sete anos. Destes, em virtude de uma vida de penitência e sofrimentos, Rita viveu quatro anos acamada.

Percebendo a proximidade do encontro com seu Amado, Rita pediu o Sacramento dos Enfermos, e no dia 22 de maio de 1447, entregou sua alma ao Criador. No mesmo instante todos os sinos do Mosteiro tocaram sem que ninguém os movessem, abelhas negras (api nere) e um perfume de rosas invadiram o convento. No quarto de Rita se podia ver uma grande luminosidade, e por fim, a chaga se fechou. 

O corpo de Rita não foi enterrado, mas foi colocada numa caixa de cipreste, que se perdeu num incêndio posterior. O corpo, no entanto, saiu milagrosamente ileso e foi colocado em um sarcófago de madeira, obra de Cesco Barbari, um carpinteiro local, e decorado em 1457 por Antonio da Norcia. As pinturas representam Rita como estava na época de seu falecimento, e é a representação mais antiga da Santa. Atualmente o corpo de Santa Rita está incorrupto, em uma urna transparente, na nova Basílica de Cássia.

Apesar dos inúmeros milagres, Rita só foi beatificada cento e oitenta anos após a sua morte, em 16/07/1627, pelo Papa Urbano VIII, que conhecia bem a sua história por ter sido Bispo de Spoleto, Diocese a que pertence Cássia. Mais duzentos e setenta e três anos foram necessários para que em 24/05/1900, o Papa Leão XIII a canonizasse solenemente, embora para o povo já fosse santa e modelo de santidade desde 1381.

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica. Os seus devotos chamam-na de "santa dos impossíveis", porque desde o dia de sua morte ela tem realizado milagres muito prodigiosos, coisas consideradas impossíveis. Graças à sua intercessão, foram resolvidos, milagrosamente, diversos casos insolúveis.


terça-feira, 20 de maio de 2025

20 de maio - SANTA LÍDIA

 

Comemoração de Santa Lídia, de Tiatira, comerciante de púrpura, que foi a primeira a acreditar no Evangelho em Filipos, na Macedônia, ao ouvir a pregação de Paulo.

Lídia era uma mulher rica, influente, líder e empreendedora. Ela era comerciante de púrpura nascida em Tiatira, Grécia, e estabelecida em Filipos, colônia romana, também na Grécia.

Depois de ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo. ela quis ser batizada e levou junto toda a sua família. 

Foi a primeira mulher a se fazer cristã na Europa, e uma das primeiras aclamadas santas e veneradas desde o início do cristianismo, era filha espiritual de São Paulo e seus companheiros Lucas, Timóteo e Silas (At 16,14-15). 

Sua abastada residência foi o lugar de descanso para os missionários e a comunidade onde se reuniam os cristãos da região para a celebração dos santos mistérios. “Dessa maneira, a casa de Lídia tornou-se a primeira igreja na Europa”.

Cardeal César Barônio, encarregado pelo Papa Gregório XIII da revisão do Martirológio Romano no século XVI, foi quem a introduziu no catálogo dos Santos.


domingo, 18 de maio de 2025

18 de maio - NOSSA SENHORA DA COMUNICAÇÃO

 

O título de Nossa Senhora da Comunicação tem a sua origem no Brasil e é muito recente, posterior ao ano de 1931.

Foi o nome que deram os religiosos salesianos de Itatiaia a uma imagem que receberam de presente, vinda da França.

A imagem francesa é uma réplica da obra do artista francês Albert Roze, situada no cume da torre da Basílica de Nossa Senhora de Brebières, na cidade de Albert (Somme, França). 

Durante a Primeira Guerra Mundial, por volta do ano de 1915, a Basílica de Albert, foi destruída por bombardeios; no alto da torre da Igreja com 62 metros, uma Imagem Dourada de Nossa Senhora apresentando seu filho, o menino Jesus, manteve-se intacta e permaneceu em equilíbrio como que por um milagre. 

Após a Guerra, a Basílica foi reconstruída e a imagem de Nossa Senhora tornou-se mais imponente, resistindo à destruição humana. 

O artista italiano que reside em Belo Horizonte, Gianfanco Cerri, produziu uma réplica da imagem que foi colocada no Instituto de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Salesiana em Roma na Itália.

No Brasil, a imagem se tornou popular a partir de uma réplica doada aos salesianos de Itatiaia, em Minas Gerais, que a nomearam de “Nossa Senhora da Comunicação”.

Através da devoção, iniciada pelos salesianos de Minas Gerais, a imagem de Nossa Senhora da Comunicação foi conquistando o coração de tantos fiéis que trabalham na comunicação das paróquias e comunidades do Brasil, de forma que hoje ela é conhecida como a padroeira da Pastoral da Comunicação, justamente por nos apresentar aquele que é o centro e o sentido de toda ação pastoral que realizamos: Jesus, o Verbo Encarnado.

Nossa Senhora da Comunicação, se tornou padroeira da Pastoral da Comunicação em virtude de Maria, a nossa mãe, ter comunicado a notícia mais importante do mundo, da História, que era e é o nascimento do filho de Deus, o Verbo que se fez carne e habitou no meio de nós. 

O nascimento de Jesus dividiu a história em antes de Cristo (a.C) e depois de Cristo (d.C.). Maria que com o seu “sim”, comunicou a Graça de Deus, da nova e eterna aliança de Deus para conosco através do seu filho Jesus, que veio resgatar a nossa Santidade, através da sua ressurreição, nos dando a nossa Salvação. Maria que recebeu a Graça de Deus, através do seu “sim”, onde foi concebida pelo poder do Espírito Santo. Ave Maria!