Memória dos santos Carlos Lwanga e companheiros, com
idades entre os quatorze e os trinta anos, pertencentes à corte dos jovens
nobres ou ao corpo de guarda do rei Mwanga, inimigo da religião cristã,
neófitos ou fervorosos seguidores da fé católica, que por se terem recusado
ceder às impuras intenções do rei, uns foram decapitados e outros queimados no
monte Namugongo, no Uganda pela sua inquebrantável adesão à fé católica.
Entre eles distinguem-se Carlos Lwanga e seus
companheiros.
Em 1877 chegaram os protestantes, primeiros missionários
cristãos a pisarem o atual território de Uganda.
Dois anos mais tarde, em 1879, era a vez dos católicos
serem acolhidos: os Missionários da África – ou "Padres Brancos",
como eram denominados – também passaram a evangelizar Uganda.
Entre os anos 1885 e 1887, foram condenados à morte
muitos cristãos em Uganda, por ordem do rei Mwanga, porque ser cristão era
absolutamente proibido.
Carlos e os vinte e um companheiros são os primeiros
mártires da África negra.
Assassinados por ódio à fé, São Carlos Lwanga e seus
Companheiros, doze católicos e nove anglicanos, são os mártires mais famosos de
Uganda, vítimas das perseguições anticristãs no país, perpetradas no final do
século XIX.
Carlos Lwanga, chefe dos pajens, foi o primeiro a ser
assassinado. Foi queimado lentamente a começar pelos pés. O martírio se deu em
3 de junho de 1886, em Uganda. Um ano após sua morte, o número de catecúmenos
já havia se multiplicado por quatro.
Ao ser lentamente queimado na pira, Carlos falou ao
Guardador da Chama Sagrada: "Pobre homem bobo! Não entendes o que estás a
dizer. Estás me queimando, mas é como se estivésseis colocando água sobre minha
cabeça. Eu estou morrendo por amor a Deus, mas fique atento pois se não te
arrependeres, é tu que queimarás pela eternidade." Após, Lwanga ficou
orando em silêncio. Quando finalmente percebeu que seu último suspiro estava
próximo, gritou: "Meu Deus!".
Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em
1920, pelo papo Bento XV.
Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude
Africana” em 1934.
Trinta anos depois, em 1964, o papa Paulo VI canonizou
esse grupo de mártires.
O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do
grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na
qual os vinte e um pajens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a
hora de testemunhar a fé em Cristo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.