sexta-feira, 27 de junho de 2025

27 de junho - NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO ou NOSSA SENHORA DA PAIXÃO

 

Hoje é celebrada a festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos Padres Redentoristas.

Por volta de 1496, venerava-se numa igreja da Ilha de Creta um milagroso quadro da Virgem Maria. Segundo antiga tradição, fora pintado em fins do séc. XIII por um artista desconhecido, inspirado em uma pintura atribuída a São Lucas.

O ícone original tem origem grega e foi levado para Roma no final do século XV.

(Ícone é o nome dado a uma pintura que, não sendo apenas um quadro ou uma obra de arte, é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração.)

A história do ícone envolve um roubo, uma tormenta em alto mar, uma mensagem de Nossa Senhora a uma criança, tempos de veneração, de esquecimento e uma guerra até chegar às mãos da Congregação do Santíssimo Redentor.

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 (século XIX), e espalhou-se por todo o mundo, com muitos devotos buscando a sua intercessão em momentos de dificuldade.

Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção.”

Fizeram então muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso em Roma. 

De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz, no braço esquerdo, o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz.

Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

"Perpétuo Socorro quer dizer socorro eterno, socorro sempre e constante, a cada instante, em todo o momento que necessitamos e suplicamos pela sua amorosa intercessão."

O centro da pintura não é Nossa Senhora, mas sim Jesus. Maria é, assim, “aquela que indica o caminho”, ou como é mais conhecida: “a via de Cristo”.

O milagroso ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro mede 53 por 41,5 centímetros, executado em madeira sobre fundo dourado.

O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora, o Menino Jesus e dois arcanjos.

A aparição dos arcanjos com uma lança, a esponja com vinagre e a cruz mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco, desamarra a sandália. O menino se assusta com aqueles instrumentos da cruz, abraça a Mãe e uma sandália lhe cai dos pés. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança.

O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão direita nos aponta Jesus, o verdadeiro e Perpétuo Socorro. 

Jesus não olha nem para sua Mãe nem para nós, mas parece querer abarcar com seu olhar divino os dois anjos que seguram os instrumentos da Paixão: à esquerda, São Miguel, de manto verde, com a lança e a esponja de fel; à direita, São Gabriel, de manto lilás, com a cruz e os cravos que perfuraram pés e mãos do Redentor. Os Arcanjos flutuam acima dos ombros de Maria

As duas mãos de Jesus estão seguras nas mãos de Maria, gesto de confiança do Filho que se apoia na sua querida Mãe.

Sob o manto azul, Maria veste uma túnica vermelha. Nos primórdios do Cristianismo, as virgens se distinguiam pela cor azul, símbolo da pureza, e as mães pela cor vermelha, signo da caridade. Essa combinação cromática define, pois, excelentemente Nossa Senhora, Virgem e Mãe. Nota-se também o verde no forro de seu manto. Ora, a composição dessas três cores era de uso exclusivo da realeza. Assim, a dignidade régia da Rainha dos Anjos e dos Santos está bem representada em suas vestimentas.

Bem no alto do quadro, metade em cada lado, estão escritas, em letras gregas, as iniciais da expressão “Mãe de Deus”; ao lado da cabeça do Menino Jesus, as iniciais de “Jesus Cristo”; acima do anjo da esquerda, “Arcanjo Miguel”; e do anjo da direita, “Arcanjo Gabriel”.



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