A Ascensão, que celebra a subida do Senhor ao céu, é uma
solenidade litúrgica, comum em todas as Igrejas cristãs, celebrada no
quadragésimo dia após a Páscoa da Ressurreição (Cf. At 1,1-3), sempre na
quinta-feira da sexta semana do Tempo Pascal, no Vaticano e em alguns países do
mundo.
A solenidade da Ascensão do Senhor, no Brasil, é
comemorada no domingo seguinte, ocupando o lugar do 7º Domingo da Páscoa.
São João Crisóstomo e Santo Agostinho já se referiam a
esta solenidade, mas uma influência incisiva na sua difusão deve-se,
provavelmente, a São Gregório Nazianzeno.
Com a Ascensão ao Céu, conclui-se a vida do "CRISTO
HISTÓRICO" e se inicia o TEMPO DA IGREJA, ou seja, é quando termina a
missão terrena de Jesus e inicia a missão da Igreja.
A Comunidade de discípulos, que acolhe o
"testemunho" da proclamação do Evangelho, é uma Comunidade ferida,
por causa da ausência de um companheiro, Judas. Embora imperfeita, é a esta
Comunidade, concreta e real, que Jesus confiou a missão de dar testemunho do
seu Evangelho, da sua proposta de amor.
O Catecismo da Igreja Católica (#668) afirma: “A ascensão
de Cristo ao céu significa a sua participação, em sua humanidade, no poder e
autoridade de Deus”.
Em Lucas 24,50-53 e Marcos 16,19 temos: Jesus
ressuscitado foi elevado ao céu com seu corpo físico, na presença de onze de
seus apóstolos. Ascensão significa libertação, cura e transformação.
A Ascensão é uma reafirmação da profissão de fé:
"ressuscitou, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai".
Santo Agostinho de Hipona, bispo nos séculos IV e V,
afirmou que o Senhor após a ressurreição foi exaltado além dos altos céus,
sentando-se à direita do Pai.
Para São Leão Magno a Páscoa e a Ascensão estão
interligadas. Se na solenidade pascal, a ressurreição do Senhor foi causa da
alegria para as mulheres, aos discípulos e para a humanidade, a sua Ascensão
aos céus é motivo presente de alegria, enquanto faz-se memória e venera-se
aquele dia em que a humildade da natureza humana em Cristo foi elevada acima de
todas as milícias celestes, das ordens dos anjos, além das potestades, ao trono
de Deus Pai. É preciso ter fé neste mistério porque ele exalta o ser humano
além do que é visível, para estar no invisível.
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