A festa do Imaculado Coração de Maria é celebrada no
sábado seguinte à solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que é sempre na
segunda sexta-feira após a Solenidade de Corpus Christi.
Memória mariana de origem devocional, instituída por Pio
XII, esta celebração do Imaculado Coração da Virgem santa Maria nos convida a
meditar no mistério de Cristo e da Virgem Maria, na sua interioridade e
profundidade.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria está intimamente
ligada à devoção ao Sagrado Coração de Jesus, pois o coração da Mãe está
intimamente ligado ao coração do Filho. Maria, por ser concebida sem pecado,
tem um coração puro e imaculado, livre de qualquer mancha de pecado.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria é uma forma de
honrar a pureza e o amor da Virgem Maria e de buscar a sua intercessão para a
conversão e salvação da humanidade.
“Dirijamo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado,
coração de mãe, partilhou ao máximo a «compaixão» de Deus, especialmente da
paixão e da morte de Jesus. Ajude-nos Maria a ser mansos, humildes e
misericordiosos com os nossos irmãos” (Papa Francisco)
Maria, que conservava no seu coração os mistérios da
salvação, é morada do Espírito Santo, sede da sabedoria, imagem e modelo da
Igreja, que escuta e dá testemunho da mensagem do Senhor.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria remonta aos
inícios da Igreja, pois tem suas raízes mais profundas nas Sagradas Escrituras.
Nelas, encontramos referências ao Imaculado Coração no Evangelho segundo São
Lucas, o “pintor” da Santíssima Virgem: “Maria conservava todas estas palavras,
meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). “Em seguida, desceu com eles a Nazaré e
lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc
2,51).
Nos séculos seguintes, surgiram outros grandes devotos do
Imaculado Coração de Maria, bem como do Coração de Jesus, como São Bernardo,
Santa Gertrudes, Santa Brígida, São Bernardino de Sena e São João Eudes. Este
último foi o maior apóstolo da devoção ao Coração de Maria.
Foi São João Eudes (1601-1680) o grande promotor do culto
litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis.
Esta festa tornou-se pública em 1648 entrando assim na
liturgia comum e, a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses
o culto ao coração de Maria.
A Santa Sé mostrou-se favorável ao culto ao Imaculado
Coração no início do século XIX.
Em 1805, o Papa Pio VII concedeu a autorização para a
celebração da festa às dioceses e às congregações religiosas que lhe pediam.
No ano de 1855, o Papa Pio IX aprovou a Missa e o Ofício
próprios do Imaculado Coração de Maria.
A devoção ao Imaculado Coração de Maria ganhou força após
as aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, em 1917, onde ela pediu que
fosse estabelecida no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração.
A Virgem Maria expressou o desejo de que as pessoas se
consagrassem ao seu Coração Imaculado e que se praticasse a devoção reparadora
dos cinco primeiros sábados.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 8 de dezembro de
1942, na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e
todo o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria e, três anos depois,
estendeu a festa do Imaculado Coração de Maria para toda a Igreja Católica.
No dia 4 de maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta
festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para a
paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o
amor pela pureza e pelas virtudes.
Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagrou o
gênero humano ao Imaculado Coração de Maria.
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