O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da
fé e da vida cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai,
Filho e Espírito Santo.
Pela graça do Batismo "Em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima
Trindade. “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de
todos, que atua acima de todos, por todos e em todos” (Ef 4,5-6).
Pela Confirmação ou Crisma somos chamados a confirmar
essa fé para darmos, vivermos e darmos testemunho da Palavra de Deus e levá-la
por toda parte.
Pelo Dogma da Santíssima Trindade, a Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas.
Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina.
As pessoas divinas são
distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o
Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação, ao Filho
atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
A segunda pessoa da Trindade não seria um Filho se não
tivesse sido gerado pela primeira pessoa da Trindade.
“Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do
Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim” (Jo
15,26).
O dogma da Trindade se definiu em duas etapas, no Concílio de Niceia (325 d.C.): foi definida a divindade do Filho e se escreveu a parte do Credo que se ocupa Dele.
No Concílio de Constantinopla (381 d.C.):
foi definida a divindade do Espírito Santo.
Nesta solenidade celebramos o mistério de um único Deus
que é o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo. Três Pessoas, mas um só Deus! O Pai
é Deus, o Filho é Deus, o Espírito é Deus, é um Deus em três Pessoas. É o
mistério que nos foi revelado por Jesus Cristo: a Santíssima Trindade, é a
comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Este Deus, que se apresenta como Uno e Trino, não está distante, como parece, mas tão perto de nós, como Pão partido, Corpus Christi, que celebraremos na próxima quinta-feira.
Pão dos Anjos e caminho para o Céu. Trata-se de um dom que custodia e revela o Sagrado Coração de Jesus, solenidade que celebraremos depois de Corpus Christi.
Estas três celebrações litúrgicas representam o
mistério da nossa fé, revelado nestes meses: do Natal à morte e ressurreição de
Jesus, à Ascensão ao Céu e Pentecostes.
“Pai criador, Filho salvador, Espírito Santificador,
Honra e louvor a vós. Amém!”
Celebrar a solenidade da Santíssima Trindade significa
reconhecer a solicitude de Deus, a sua fidelidade em relação aos homens: Deus
se interessou pelas vicissitudes humanas, fazendo de tudo para se aproximar de
todos. Animados pelo Espírito Santo, tal solicitude e proximidade são exigidas,
agora, de cada um de nós, pela nossa maior perfeição, cultivando os mesmos
sentimentos de Jesus e vivendo em paz, como recorda São Paulo em II Cor 13,
11-13. Trata-se de uma festa que não deve ser vivida como espectadores, mas que
exige de cada um de nós "Caminhar" com os outros, sendo próximos
deles (Cf. Lc 15).
A revelação da Santíssima Trindade, “mistério central da
fé e da vida cristã” (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 232-267), nos é dada
através da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição.
Esse mistério foi sistematizado no Símbolo dos Apóstolos,
a profissão de fé batismal da Igreja romana (séc. III): - “Creio em Deus Pai...
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho... Creio no Espírito Santo...”; e
aprofundado no Símbolo Niceno-Constantinopolitano, fruto dos Concílios de
Niceia (325) e Constantinopla (381).
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