Joana D’Arc foi uma jovem que restituiu a honra à coroa
da França e morreu acusada, falsamente, de heresia. Esta é a dramática história
desta Santa, que morreu queimada viva, em uma fogueira, aos 19 anos, com os
olhos fixos na grande cruz, que o frade Isembard de la Pierre havia trazido
para ela.
Sem nenhum conhecimento militar, a jovem com jeito de
anjo, chefiou o Exército de Carlos VII, da França e reconquistou Orleans das
mãos dos ingleses.
Joana D'Arc nasceu em 1412, cresceu no meio rural e ouvia
as “vozes” do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de
Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria
preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois
acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana.
A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra,
governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto
e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As
mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores,
reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII,
para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França.
Conseguiu aos dezoito anos de idade que Carlos VII
concordasse em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha
por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre
assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém
conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana
vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os
nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela
pátria e por Deus.
E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura
feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias
militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados
reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão.
Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa.
A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como “feiticeira, blasfema e herética”. Presa em um poste, ela apertava uma cruz sobre o coração, invocando o nome de Jesus Cristo e as suas “vozes”. O poste caiu nas chamas, mas, mesmo assim, a ouviram gritar seis vezes “Jesus”. Os ingleses lançaram as cinzas dela no rio Sena. Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen.
Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados,
seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida
pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi
revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana
d’Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da
França.
O dia de hoje é comemorado na França como data nacional,
em memória de santa Joana d’Arc, mártir da pátria e da fé. Para a França, Joana
é sua maior heroína e para Igreja uma de suas maiores mártires da fé.
FONTE: https://paroquiajoanadarc.com.br/padroeiro
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