Comemoração do Santo Jó, homem de admirável paciência na
terra de Hus.
A história de Jó, modelo de paciência e santidade, é uma
metáfora para o sofrimento do mundo e uma prefiguração de Cristo sofredor.
Este homem, que era rico e feliz, perdeu tudo de repente,
até seus próprios filhos. Ao adoecer, suportou tudo, dizendo: "Javé dá e
Javé tira. Bendito seja Javé!"
O Livro de Jó, que narra a história deste personagem,
pertence ao grupo dos escritos sapienciais. Trata-se de uma narrativa exemplar,
que reflete sobre o mistério do sofrimento dos justos.
O profeta Jó constitui o modelo de aceitação da vontade
de Deus, da paciência e dos valores morais e éticos.
A história de Jó, um homem justo, fiel e paciente, está
presente na tradição oral de povos do Oriente Médio há cerca de 4 mil anos. Em
algum momento entre o século 6 e 5 a.C, contudo, esta história foi redigida em
hebraico, na versão que está presente até hoje no Antigo Testamento da Bíblia.
Cessadas todas as provações permitidas por Deus, o Senhor
lhe concedeu em dobro tudo o que tinha perdido e uma vida longa.
O santo profeta Jó é um modelo de paciência para todos
nós, de resignação ante as adversidades e decepções da vida e o elevado valor
de confiar nossos sofrimentos às mãos de Deus.
Embora Jó não seja um profeta no sentido tradicional de
quem transmite mensagens divinas, ele é considerado um profeta em algumas
tradições e é valorizado pela sua fé e paciência. O livro de Jó é uma obra
importante que explora questões profundas sobre o sofrimento e a justiça
divina.
Temas específicos do livro de Jó
Os nomes de Deus e a
transcendência dele
A legitimidade da busca de compreender
Os juízos injustos provocados pelo pensamento da
retribuição
A nobreza ética em Jó
A gratuidade de Jó e de Deus
O uso de temas mitológicos
Conteúdo geral do livro de Jó
A imagem de Jó e de Deus não é exatamente a mesma na moldura narrativa (caps. 1-2 e 42) e no corpo dramático (3,1-41,6). Na moldura narrativa, Jó é paciente e Deus o recompensa. No corpo dramático, Jó é impaciente e aprende que a Deus não se pede contas.
As partes I e V constituem a moldura narrativa: narram a história folclórica do homem que perdeu suas riquezas, mas continuou respeitoso para com Deus e no fim recobrou em dobro o que perdeu. É a história da “paciência de Jó”.
As partes centrais (II, III e IV) são compostos de diálogos dramáticos. Põem em cena um processo contra Deus, porque este não recompensou a piedade e justiça que marcaram a vida de Jó. Nesses diálogos o assunto é a “impaciência de Jó”.
A parte V retoma a história
folclórica, em que o justo é duplamente recompensado por sua fidelidade e
paciência. Mas depois daquilo que Jó aprendeu sobre a grandeza de Deus e seu
mistério, isso já não é importante.
1,1-2,13 – A história de Jó: como começou
31,1-31,40 – Queixa de Jó na presença dos três amigos
32,1-37,24 – Intervenção de Eliú
38,1-42,6 – Resposta de Deus e reação de Jó
42,7-17 – A história de Jó: final feliz
Os patriarcas, os profetas e outras personagens do Antigo
Testamento foram, e serão sempre, venerados como santos em todas as tradições
litúrgicas da Igreja Católica Apostólica Romana.
Fonte: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB
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