Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja,
nasceu em Sena, no ano 1347.
Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira
de são Domingos (Irmãs da Penitência de São Domingos) quando era ainda
adolescente.
Procurou conhecer a Deus em si mesma e a si mesma em Deus
e configurar-se a Cristo crucificado.
Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou
incansavelmente pela paz e concórdia da Igreja, pelo regresso do Pontífice
Romano à sua cidade de Roma e pelo restabelecimento da unidade da Igreja.
Santa Catarina de Sena teve um papel importantíssimo na
união da Igreja. Ela nasceu num contexto em que o Papa não residia mais em Roma
porque a Igreja havia passado por um período de conflito com os governantes que
disputavam autoridade. Depois de uma série de conflitos, o Papa Clemente V foi
eleito por influência francesa e passou a residir na França para escapar das
acusações de Roma.
Catarina viajou até Avignon, na França, onde residia o
Papa Gregório XI, e foi pessoalmente convencê-lo a retornar para Roma. Além de
ter convencido o Papa a voltar para Roma, Catarina instruía espiritualmente
muitas pessoas influentes e as convenceu a também defender e acolher o retorno
do Papa.
“Não nos contentemos com as coisas pequenas. Deus quer
coisas grandes! Se vocês fossem o que deveriam ser, incendiariam toda a
Itália!” Com estas palavras, em seu habitual estilo firme e intransigente, mas
sempre materno, Catarina Benincasa convidava à radicalidade da fé a um dos seus
interlocutores epistolares.
Trata-se de uma exortação que revela o ardente
desejo da santa de irradiar o Evangelho no mundo, mediante o testemunho ciente
e crível de homens e mulheres convertidos pelo anúncio do Ressuscitado.
As palavras do apóstolo Paulo “Não sou mais eu quem vive,
mas Cristo que vive em mim” se encarnaram na vida de Catarina que, em 1375,
recebeu os estigmas (que só podiam ser vistos por ela, mas que eram fonte de
dor e sofrimento) incruentos, revivendo semanalmente, conforme narram as
testemunhas, a Paixão de Cristo.
Escreveu excelentes obras de doutrina espiritual e importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste.
Antes de morrer, no ano 1380, Catarina disse: “Partindo-me do corpo, na verdade, consumei e dei a vida na Igreja e pela Igreja Santa, o que me é singularíssima graça”. e foi canonizada em 1461, pelo Papa Pio II.
Santa Catarina de Sena foi declarada Padroeira da Itália em 1939,
ao lado de São Francisco de Assis, pelo Papa Pio XII. E em 1970 o Papa Paulo VI
a declarou Doutora da Igreja Católica.
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