O dia da Comemoração dos Fiéis Defuntos, não é dia de
tristezas, mas, dia de transformar nossas saudades, em forças de intercessão
pelos fiéis que estão no Purgatório.
A Comemoração dos Fiéis Defuntos não é apenas uma
“recordação” dos que não estão mais presentes entre nós, fisicamente, mas uma
ponte, que nos aguarda no fim da vida, que nos conduzirá à outra margem, à qual
todos nós somos destinados; é um meio para não nos deixarmos afogar por tantas
mágoas, esquecendo que tudo passa, mas Deus permanece.
A Igreja não esquece seus irmãos falecidos, mas reza por
eles e celebra Missas, para que também as almas, que ainda precisam de
purificação, após a morte, possam alcançar a visão de Deus.
Morrer não é desaparecer, mas viver de modo novo. É saber
que, os que nos precederam, deram um "passo a mais" no caminho da
vida; atingiram o cume, enquanto nós ainda estamos percorrendo as sendas da
vida; ultrapassaram a curva da vida, enquanto ainda estamos ao longo do
retilíneo. Por isso, a morte não é o fim de tudo, mas o início de uma vida
nova, para a qual nos encaminhamos e nos preparamos desde o início.
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na qual a Igreja,
Mãe piedosa, depois da sua solicitude em celebrar com os devidos louvores todos
os seus filhos que se alegram no Céu, quer interceder diante de Deus pelas
almas de todos os que nos precederam marcados com o sinal da fé e agora dormem
na esperança da ressurreição, bem como por todos os defuntos desde o princípio
do mundo cuja fé só Deus conhece, a fim de que, purificados de toda a mancha do
pecado, sejam associados aos cidadãos celestes, para poderem gozar da visão da
felicidade eterna.
A Celebração dos fiéis defuntos é uma solenidade que tem
um valor profundamente teológico, porque chama a nossa atenção para todo o
mistério da existência humana, desde suas origens até o seu fim e para além
também.
“Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais
precisarem da vossa divina misericórdia! Amém!”