O profeta Malaquias viveu no século V aC., antes da
reforma de Esdras e Neemias, e seu ministério ocorreu em algum momento entre
480 e 450 ou 433 e 430 aC., na época da volta dos judeus do cativeiro
babilônico.
O templo está reconstruído e o culto funciona, sacerdotes
e levitas estão organizados.
Malaquias foi o último dos profetas do Antigo Testamento,
por isso, os Santos Padres o chamam de "o selo dos profetas".
Ao voltar do exílio babilônico, denunciou a religiosidade
exterior dos seus conterrâneos, que nada tinha a ver com Deus e a justiça.
Exortava ao encontro com o Senhor e profetizava a vinda
de Jesus Cristo e de seu precursor João Batista, e o Juízo Final (Ml
3,1-5;4,1-6).
Seu livro profético, está incluído no Cânone do Antigo
Testamento, e é posterior ao restabelecimento do culto no Templo reconstruído
(515) e anterior à proibição dos matrimônios mistos (445).
Manifestando-se com uma imagem de bondade espiritual e
piedade, ele surpreendeu a nação e foi chamado Malaquias, ou seja, um anjo.
Temas específicos da Profecia de Malaquias:
Dia do Senhor como resposta às objeções de que Deus deixa
os malvados prosperarem.
A lei e os Profetas (representados por Moisés e Elias)
como referências para preparar o Dia do Senhor.
O culto universal, embora ainda pensado em moldes
judaicos, mas de toda maneira aberto a todas as nações.
A fidelidade matrimonial conforme o plano original de
Deus. Isso, num contexto em que os cidadãos de Jerusalém arrumavam segundas
esposas de origem não judaica, um perigo para os costumes israelitas.
O livro é de Malaquias dividido em
1. 1,2-5 –
O amor de Deus: Jacó e Esaú ou judeus e edomitas.
2. 1,6-2,9 –
Censura os sacerdotes por sua mesquinhez no culto
3. 2,10-16 -
Matrimônios mistos e divórcio
4. 2,17-3,5
– Retribuição divina e julgamento de purificação
5. 3,6-24 –
Dízimos e primícias e más colheitas (Ml 3,6-12), retribuição de bons e maus (Ml
3,13-21); conclusão com dois apêndices (Ml 3.22.23-24)
Conteúdo geral da profecia de Malaquias:
Malaquias em seu livro, acusa os abusos dos judeus depois da volta do exílio: negligência dos sacerdotes no culto e na instrução do povo, sacrifícios sem valor, negligência no dízimo, casamentos mistos, divórcio... É uma visão muito sacerdotal, enquanto a preocupação social dos profetas antigos fica no segundo plano.
A mensagem principal é o anúncio do Dia do Senhor, como
referência para a conversão.
Fonte: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB
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