quinta-feira, 12 de junho de 2025

12 de junho - SANTO ONOFRE, eremita

 

Santo Onofre, anacoreta, passou sessenta anos de vida religiosa, em total solidão, na amplidão do deserto.

Sabe-se pouco sobre a vida de Santo Onofre, exceto o que São Pafúncio, monge do século V, escreveu na sua biografia depois de tê-lo conhecido e o acompanhado até a sua morte..

Onofre era monge de um mosteiro perto de Tebas, e buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus, mas sentindo-se chamado à vida solitária seguiu para o deserto, levando uma vida de eremita, a exemplo de são João Batista, optando por uma vida solitária e de oração, e do profeta Elias, abraçando o estado de vida mais perfeito: a solidão do deserto, onde passou mais de 60 anos. 

O relato da história de Santo Onofre é contado por São Pafúncio, que o encontrou no deserto.

Pafúncio encontrou Onofre no deserto e a aparência dele chamou a sua atenção: um homem idoso, de barbas brancas até o chão, recoberto de pelos e usando uma tanga de folhas.

Onofre contou ao abade Pafúncio que lutou por muitos anos contra as mais terríveis tentações (o alcoolismo na juventude), mas com perseverança conseguiu vencer todas, falou sobre a fome e a sede que sentiu e sobre o conforto que Deus lhe deu alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta em que morava.

Onofre levou Pafúncio à gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr do sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou (diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida para os dois).

Pafúncio falou sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Na manhã seguinte, Onofre contou a Pafúncio que teve uma revelação de Deus. Nela, ele dizia que a missão do abade não era se tornar um eremita, mas presenciar a sua morte, voltar para a sociedade e contar a todos o que havia vivido. E assim, Pafúncio ficou.

Diz a lenda que ele assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho † 400 no Egito. Pafúncio, então, pegou o corpo do santo e o enterrou em uma montanha.

Sua imagem é representada com cabelos e barbas longos, com apenas folhas para proteger as partes íntimas. Isso porque durante os anos que esteve no deserto foi assim que permaneceu, sem vestimentas.

Retornando à cidade, Pafúncio escreveu a história de Santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia.

A devoção a Santo Onofre era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas.



quarta-feira, 11 de junho de 2025

Quarta-feira, 11 de junho de 2025 - São Barnabé, Apóstolo, Memória

 

ORAÇÃO
“Senhor nosso Deus, que mandastes escolher são Barnabé, homem cheio de fé e do Espírito Santo, para levar aos pagãos a mensagem da salvação, fazei que o Evangelho de Cristo, de que ele foi apóstolo corajoso, continue a ser anunciado fielmente em palavras e obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

11 de junho - SÃO BARNABÉ, apóstolo

 

Memória de São Barnabé, Apóstolo, natural da ilha de Chipre, era um homem bom e cheio de fé e do Espírito Santo, contado entre os primeiros fiéis de Jerusalém. 

São Barnabé não era um dos Doze apóstolos, mas, por ser um homem virtuoso e de fé, também era chamado apóstolo e, como tal, venerado. 

Ele foi um dos primeiros a viajar para levar a Boa Nova a todos os povos; ele exortou Paulo à missão.

Pregou o Evangelho em Antioquia e introduziu entre os irmãos, Saulo de Tarso, recém-convertido, acompanhando-o também na sua primeira viagem missionária para evangelizar a Ásia. 

Participou no Concílio de Jerusalém e, voltando para a ilha de Chipre, sua pátria, aí propagou o Evangelho e morreu como mártir, em Salamina (Chipre).

A Bíblia menciona, pela primeira vez, o nome de Barnabé entre aqueles que, depois da morte de Jesus em Jerusalém, se reúnem em torno dos Apóstolos.

Trata-se de uma comunidade de fiéis, na qual vivem, fraternalmente, compartilhando seus bens. 

A tradição – transmitida por Eusébio de Cesareia, obtida de Clemente Alexandrino - também o inclui entre os 72 discípulos enviados por Jesus em missão para anunciar o Reino de Deus. Logo, ele já pertencia ao grupo dos seguidores de Cristo.



segunda-feira, 9 de junho de 2025

Segunda-feira, 9 de junho de 2025 - Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, Memória

 

ORAÇÃO
“Deus, Pai das misericórdias, cujo Filho unigênito, pregado na cruz, nos deu a sua própria Mãe, a Virgem santa Maria, como nossa Mãe, fazei que a Igreja, assistida pelo seu amor materno, exulte com o número e a santidade dos seus filhos e reúna, numa só família, todos os povos da terra.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”


09 de junho - SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, Apóstolo do Brasil

 

São José de Anchieta nasceu a 19 de março de 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias.

Aos 12 anos, seus pais o enviam a Portugal para estudar no Colégio das Artes.

Em Coimbra, o jovem conhece de perto a vida agitada de uma cidade europeia com sua beleza e dificuldades, oportunidades e riscos.

Ainda adolescente consagra-se inteiramente aos cuidados da Virgem Maria. Na Igreja dos jesuítas, José de Anchieta serve como coroinha em todas as Missas que pode, chegando a frequentar até 8 missas diárias.

A fama da nova Ordem religiosa chamada Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola, se espalha por toda a Europa através do testemunho de seus primeiros missionários, como Francisco Xavier e tantos outros, que partem com o alforje repleto de sementes do Evangelho para semeá-las nos novos mundos.

Deste modo a Companhia de Jesus faz arder o coração do jovem José e este não atrasa sua resposta.

Aos 17 anos, Anchieta abraça com todo entusiasmo aquele novo carisma que despontava na Igreja e no mundo, a nova Ordem religiosa chamada Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola.

O jovem José torna-se jesuíta.

Tendo entrado na Companhia de Jesus, inspirado pelas cartas dos missionários Francisco Xavier e Manuel da Nóbrega, foi enviado às missões do Brasil e aos 19 anos, na terceira leva de jesuítas destinados ao Brasil, o jovem José de Anchieta chega a Salvador. Ordenado sacerdote, dedicou toda a sua vida à evangelização das plagas brasileiras.

No dia 13 de julho de 1553, após dois meses de viagem, aos 19 anos, chega a salvador aquele jovem com tuberculose óssea que se tornará o Apóstolo do Brasil.

Daqui para a frente, sua vida é devotada totalmente ao serviço dos nativos chamados indígenas. Aprende velozmente sua língua, o Tupi. Escreve uma gramática para que outros também possam aprendê-la e depois, um catecismo. Assim, Anchieta não mede esforços para que sua vida na Terra de Santa Cruz seja a cada instante vivida para a maior glória de Deus. Missionário zeloso, foi um verdadeiro apóstolo que plantou os valores do Evangelho no Brasil nascente.

Ao largo dos 44 anos de Anchieta no Brasil, não faltaram dificuldades na vida do missionário.

Em Iperuí, atual cidade de Ubatuba/SP, o missionário, já com 29 anos, se oferece como refém em nome de um tratado de paz.

Naquele local, Anchieta experimenta um dos momentos mais difíceis de sua vida. Recebe frequentes ameaças de morte, tentações contra a castidade e sente imensa solidão. Através de sua alma artística, promete compor um poema com quase seis mil versos para narrar a história da Virgem Maria.

Anchieta amava a arte, com sua sensibilidade e gosto também pelo teatro, o apóstolo compôs inúmeras peças que passaram a ser apresentadas em diversos lugares para evangelizar.

Escreveu cartas que se tornaram relevantes para a História do Brasil.

Por todos esses portentos, Anchieta, além de ser considerado o pai do teatro e da literatura brasileira, é ainda estimado como o primeiro promotor da cultura no Brasil.

Foi professor, poeta, teatrólogo, gramático, botânico, fundador de cidades e muito mais porque sempre conservou a oração constante, a devoção, a caridade, a mansidão, a obediência, a humildade, a pobreza, a ordem, a disciplina, a castidade, a paciência e principalmente a confiança em Deus.

Os últimos momentos da vida de Anchieta foram vividos em Reritiba. Ali, mesmo com a enfermidade bastante avançada, não permitia que essa o impedisse de servir. Nas suas últimas horas, ainda se levantou do seu leito para preparar um remédio a um companheiro que estava enfermo. E quando dava seus lentos passos para servir seu irmão, sofreu um ataque que pôs fim à sua vida. Estava com 63 anos. Era o dia 9 de junho de 1597.

† Faleceu a 9 de junho de 1597 em Reritiba, (atual cidade de Anchieta-ES), São José de Anchieta, presbítero da Companhia de Jesus, natural das Ilhas Canárias, que se consagrou intensa e frutuosamente durante quase todo o tempo da sua vida ao trabalho missionário no Brasil.

Ao receber essa triste notícia, aqueles a quem o Pe. Anchieta havia, por toda sua vida, servido, protegido e defendido, aclamavam: «Morreu o nosso pai. O que nos amava como filhos. O que deu a vida por nós!»

O corpo de Anchieta foi levado até́ Vitória, onde foi sepultado. Durante a Missa de corpo presente, foi aclamado pelo Bispo Dom Bartolomeu, «Apóstolo do Brasil». 

No dia 22 de junho de 1980, o Papa João Paulo II o declarou Bem-aventurado.

Em 3 de abril de 2014, após mais de 4 séculos de espera, Francisco, o primeiro papa jesuíta da História, canonizou o jovem canário que veio ao Brasil aos 19 anos e plantou o nome de Cristo no coração da nossa Nação.



09 de junho - BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA, MÃE DA IGREJA (MATER ECCLESIAE)

 

Na segunda-feira depois de Pentecostes, a Igreja celebra a Memória de "Maria Mãe da Igreja".

À Virgem santa Maria foi atribuído o título de «Mãe da Igreja», porque deu à luz a Cabeça da Igreja e se tornou a Mãe dos redimidos, quando seu Filho ia morrer na cruz.

A memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, recorda-nos que a maternidade divina de Maria se estende, por desejo de Jesus, à maternidade humana, ou seja, à própria Igreja, mediante um ato de consagração.

Desde o Concílio de Éfeso, no século IV, é verdade de fé que Maria é Mãe de Deus, pois Ela concebeu no seu ventre o Senhor Jesus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ela é Mãe de Cristo e do Corpo de Cristo, Ela é Mãe da Igreja.

O Papa são Paulo VI, no final da terceira sessão do Concílio Vaticano II, em 21 de novembro de 1964, declarou a Bem-Aventurada Virgem “Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores que a chamam de Mãe amantíssima” e decidiu que todo o povo cristão honrasse, agora ainda mais, com este santíssimo nome, a Mãe de Deus.

Para sermos cristãos, devemos ser marianos”.  “Ela é Mãe da Igreja de modo eminente e inteiramente singular” (LG, 53).

 “Pelo dom e missão da maternidade divina, que A une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções está também a Virgem intimamente ligada à Igreja” (LG, 63).

Em 1980, João Paulo II inseriu nas Ladainhas Lauretanas a veneração a Nossa Senhora como Mãe da Igreja.

No Decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, divulgado em 3 de março de 2018, mas com data de 11 de fevereiro de 2018, o Papa Francisco inscreveu esta memória no Calendário Romano geral e ficou estabelecido que a recorrência seja celebrada na segunda-feira após Pentecostes.

O objetivo é “favorecer o crescimento do senso materno da Igreja nos pastores, religiosos e fiéis, bem como da genuína piedade mariana”. 

Depois, chegou o decreto desejado pelo Papa Francisco que, na memória de 10 de junho de 2019, escreveu um tweet que continua atual: “Maria, mãe da Igreja, ajuda-nos a entregar-nos plenamente a Jesus, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e de cruz, quando nossa fé é chamada a amadurecer”.



domingo, 8 de junho de 2025

Domingo, 8 de junho de 2025 - Domingo de Pentecostes, Solenidade, Ano C

 

ORAÇÃO
“ Ó Deus, que pelo mistério da festa de hoje santificais vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do vosso Espírito Santo, e realizai agora, no coração dos que creem em vós, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”



08 de junho - SOLENIDADE DE PENTECOSTES

 

A solenidade de Pentecostes é celebrada após 50 dias da Páscoa.

Nesta festa, recorda-se o dom do Espírito Santo, que dissipa a confusão de Babel (Gn 11,9): com a morte, ressurreição e ascensão ao Céu de Jesus, os povos voltam a se entender com a mesma língua: a do amor. 

Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa

É a solenidade que celebramos após 50 dias da ressurreição. Pentecostes marca o início solene da vida da Igreja (Cf. At 2,1-41), não o seu nascimento, pois este se dá, misteriosamente, na Sexta-Feira Santa, do lado do Cristo Crucificado, como sua esposa imaculada.

Pentecostes coroa a obra da redenção, pois nela Cristo cumpre a promessa feita aos apóstolos, segundo a qual enviaria o Espírito Santo Consolador, para os confirmar e os fortalecer na missão apostólica. 

A vinda do Espírito Santo, no episódio bíblico de At 2,1-4, deve ser entendida em dimensão também eclesiológica, ou seja, como ação estendida a toda a Igreja, no desejo do Pai e do Filho. Com Pentecostes encerra-se, pois, o ciclo da Páscoa.

O profeta Isaías falou dos dons do Espírito: “Espírito de sabedoria e de entendimento; Espírito de prudência e de coragem; Espírito de ciência e de temor do Senhor” (Is 11,2).

Mas, estes dons serão "inatingíveis" se não forem ligados aos seus frutos: “O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há Lei” (Gl 5,22-23).

Esses dons se iluminam entre si.

O Espírito Santo nos foi dado como um dom de Jesus ressuscitado. É o dom mais excelente que poderíamos receber, é o próprio Deus-Espírito Santo, 3ª. Pessoa da Santíssima Trindade, que veio a nós, para termos em nós a vida divina.

Nós recebemos o Espírito Santo no dia do nosso Batismo e, novamente na Crisma, como um presente de Deus.

Ao longo da vida, podemos invocar o Espírito Santo, para que venha a nós e nos ajude, ilumine, conduza, fortaleça em todas as circunstâncias da vida.

Em Rm 8, 14-16, São Paulo ensina que “todos os que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” e podem chamar a Deus de Pai, porém “Se alguém não possui o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” (Rm 8,9).



sábado, 7 de junho de 2025

07 de junho - NOSSA SENHORA RAINHA DOS APÓSTOLOS

 

Na véspera de Pentecostes, honramos Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos por sua presença e intercessão nesse momento da história da Igreja.

Ela é a Rainha dos Apóstolos, pois em questão de missionariedade, ensinou com seu exemplo como deve ser um apostolado puro, autêntico e santo.

Foi São Vicente Pallotti quem difundiu o título de “Rainha dos Apóstolos”.

Ao celebrarmos Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, neste sábado, na véspera de Pentecostes, reconhecemos seu papel como protetora e guia dos apóstolos e de todos os seguidores de Cristo. Ela é um exemplo de fé, devoção e intercessão, lembrando-nos da importância de buscar a ação do Espírito Santo em nossas vidas e de compartilhar o amor de Cristo com o mundo, assim como fizeram os apóstolos.

Maria é discípula e apóstola porque coopera com o plano salvífico de Deus, é ela quem diz sim à santa vontade do Pai, da forma mais devota e perfeita que alguém poderia dizer neste mundo.

Como apóstola, Maria cumpre sua missão com perfeição e assim é para todos nós modelo de entrega, resignação e obediência.

Maria é a apóstola que enfrentou de cabeça erguida todas as intempéries de sua missão com confiança e perfeição, desde o seu sim (Lc 1,38) até o momento da crucificação de Nosso Senhor (Jo 19,25).

Ao olharmos para Maria, percebemos tudo o que um apóstolo deve ser, como a sua fé e sua postura em meio às adversidades. Ela será sempre o farol que todo apóstolo encontrará pelo caminho.

Maria esteve presente nos momentos mais importantes da história cristã: na espera do Messias, na encarnação do verbo e no cenáculo em Pentecostes.

Como discípula fiel de Deus, ela espera com confiança a vinda do Messias, na encarnação do verbo, Maria como mãe participa ativamente deste momento único em que a salvação chega para o povo de Deus.

E no terceiro momento, em Pentecostes, Maria e os apóstolos no cenáculo recebem a graça da presença e dos dons do Espírito Santo.

Não é difícil imaginar a importância que Maria teve em Pentecostes, pois naquele momento, quando os discípulos estavam receosos, encontraram em Maria o conforto e fortaleza daquela que soube esperar e contemplar as promessas de Deus.

É na presença do Espírito Santo e da Virgem Maria que nasce a missão da Igreja.

A narração do livro dos Atos dos apóstolos (At 1,13-14) enfatiza bem a presença da Virgem Maria no cenáculo e nos aponta que a tinham como um sinal de que a promessa de Deus se cumpriria.

Pois, foi em Maria, que a promessa do Messias esperado se cumpriu, e em Maria assistiu à promessa do Pentecostes se realizar.

Ela esteve com os apóstolos no Cenáculo, onde eles se reuniram em oração, e testemunhou o poder e a efusão do Espírito Santo sobre eles. Sua presença e apoio maternal foram fundamentais para fortalecer e encorajar os apóstolos nessa missão.

Maria foi uma contínua fonte de inspiração na vida dos Apóstolos, especialmente depois da Ressurreição de Jesus. Assim como Maria coopera para que o Filho de Deus Se possa encarnar e salvar a humanidade, também coopera com a nascente Igreja, fundada por seu Filho sobre o fundamento dos Apóstolos que perseveravam em oração junto a Ela, no Cenáculo, à espera do Espírito Santo.

fonte: https://www.comsantosanjos.org.br/nossa-senhora-rainha-dos-apostolos-conheca-esta-devocao-palotina/ 


sexta-feira, 6 de junho de 2025

06 de junho - SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT, Fundador da Congregação dos Irmãos Maristas

 

Em 1804 Marcelino decide entrar no Seminário, inspirado pelo convite: “Deus o quer”.

Em 1816 Marcelino é ordenado sacerdote, na Capela do Seminário Santo Irineu, em Lyon e tem contato com o jovem Montagne.

No Seminário Maior de Lião, tem por colegas João Maria Vianney, futuro cura d'Ars, e João Cláudio Colin, que será o fundador dos Padres Maristas.

Junta-se a um grupo de seminaristas que projeta fundar uma Congregação que abrange padres, religiosas e uma Ordem Terceira, levando o nome de Maria: a "Sociedade de Maria" - para cristianizar a sociedade.

A 2 de janeiro de 1817, apenas a 6 meses de sua chegada a Lã Valla, na França, Marcelino, o jovem coadjutor de 27 anos, reúne seus dois primeiros discípulos: Jean-Marie-Granjon e Jean-Baptiste Audras e funda o Instituto dos Irmãozinhos de Maria ou Instituto Marista, que nasce na pobreza e humildade, na total confiança em Deus, sob a proteção de Maria.

Foi um homem humilde, mas com grandes sonhos e visão de futuro. Dedicou-se à vida religiosa e, com fé em Maria, a Boa Mãe, construiu uma obra educativa dedicada à educação evangelizadora de crianças, adolescentes e jovens, especialmente aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Movido pelo Espírito Santo dedicou-se aos problemas e à situação de abandono por que passavam os jovens de sua época e liderou um grupo para a educação da juventude. 

Na congregação que criou, determinou que os membros não deveriam ser sacerdotes, mas irmãos leigos, a fim de assumirem a missão de catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos, nas escolas paroquiais.

Ainda hoje temos como referência a criteriosa e moderna educação marista presente nas melhores escolas do mundo.

Ele é considerado o “Santo da Escola” e um grande precursor dos modernos métodos pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no educando.

Em 1836 faz a primeira impressão das Regras da Congregação.

†1840 em Saint-Chamond, cidade do território de Lyon, na França, deixando aos seus Irmãos esta mensagem: "Que haja entre vocês um só coração e um só espírito! Que se possa dizer dos Irmãozinhos de Maria como dos primeiros cristãos: 'Vejam como eles se amam!'".

Champagnat foi canonizado em 1999 pelo Papa João Paulo II, que o reconheceu como santo da Igreja.