Depois, capturado como escravo foi levado para a ilha da Sicília, sul da Itália e vendido para um amo cristão. Naquele tempo o escravo era comprado por um valor equivalente ao valor de dois cavalos. Bom e humilde, Antônio era chamado de Tio António. Foi instruído pelos patrões sobre a vida e a missão de Jesus Cristo.
Desse conhecimento de Jesus passou a amar o nosso Salvador e pediu para ser batizado. Tornou-se cristão. Não foi, porém um cristão comum, muito menos, um cristão relaxado. Praticava a lei de Deus com todo o fervor. Amava a Deus, procurando estar sempre com Ele por meio da oração. Procurava conhecer também a palavra de Deus na Bíblia. Orava muito, até durante a noite. Sempre se confessava e recebia Jesus na comunhão. Como a vontade de Deus é amemos também nossos irmãos, ele amava realmente o próximo.
Primeiramente, era muito trabalhador, cumprindo sempre as ordens de seu patrão, que o encarregou de cuidar das ovelhas. Depois, tinha amor pelos pobres. Pedia ao povo da cidade onde morava, a cidade de Noto, esmolas e distribuía pelos pobres, alimento e roupas. Ajudava aos pobres também distribuindo leite e queijo das ovelhas. Uma vez o patrão o proibiu de dar leite e queijo para os pobres. António obedeceu. Então a produção diminuiu bastante. O patrão viu que ia tomar prejuízo. Mandou então que António continuasse a atender os pobres.E as ovelhas continuaram a produzir como antes, para alegria do patrão. Deus deu a António o dom de fazer milagres, de modo especial de curar pessoas. Muitos o procuravam para alcançar a saúde.
António humilde, dizia que ele não passava de um simples escravo do Senhor Jesus, só Deus tem poder de curar. Impunha as mãos aos enfermos, rezava e Deus curava. Depois de sua morte continuou a fazer muitos milagres. Até hoje temos testemunhas de muitas pessoas que alcançaram grandes graças por intercessão de Santo António de Categeró.
Era rigoroso observador dos dogmas e chamava a atenção de quem com ele estivesse que cometesse algum ato atentatório à doutrina Cristã. Não tolerava o uso indevido do nome de Deus em vão. Um rosário e um crucifixo eram seus permanentes companheiros tornando-se sua identificação pictórica para imagens e estampas.
Sua devoção foi trazida para o Brasil em 1699, para Salvador/Bahia, na Matriz de São Pedro, onde foi fundada sua primeira irmandade. Logo em seguida os escravos construíram uma igreja a qual queriam para patrono o Beato Antônio de Categeró. Havendo impossibilidade dessa pretensão, a igreja foi entregue para Nª Sª do Rosário, no Pelourinho, também em Salvador, hoje sendo um dos pontos turísticos da Capital da Bahia, no Brasil. É uma devoção que já conta com 313 anos de existência e a partir dali, Salvador/Bahia percorreu o Brasil.
Fonte: https://categero.org.br
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