domingo, 5 de janeiro de 2025

Domingo, 5 de janeiro de 2025 - Epifania do Senhor, Solenidade, Ano C

 

ORAÇÃO
“Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho Unigênito às nações, guiando-as pela estrela, concedei benigno a nós que já vos conhecemos pela fé, sermos conduzidos à contemplação da vossa face no céu.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

05 de janeiro - SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

Em 1969, com a Reforma litúrgica, onde a Solenidade da Epifania não puder ser celebrada no dia 6 de janeiro, pode ser no domingo entre 2 e 8 de janeiro.

Epifania representa a manifestação de Jesus Cristo como o enviado de Deus Pai, quando o filho do Criador se dá a conhecer ao Mundo.

Na festa da Epifania do Senhor, celebramos a manifestação do Menino-Deus, luz para todas as nações e a todos os povos, como reza o prefácio desse dia: “Revelastes, hoje, o mistério de vosso Filho como luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação”.

Nos unimos aos magos do Oriente para adorar o menino que nos foi dado, o Salvador, o Cristo Senhor.

A festa da Epifania nos enche de alegria e esperança, o Salvador veio morar no meio de nós.

É a revelação de Deus que a todos deseja salvar. 

Os magos do Oriente, guiados pela estrela, compreenderam os sinais dos tempos e reconheceram o verdadeiro rei dos judeus que havia nascido.

Era Jesus Menino que na estrebaria de Belém se revelava aos povos, e a todos nós, como o único e verdadeiro Salvador, o Filho de Deus encarnado.

Eles reconheceram a identidade de Jesus, nascido na humildade de um estábulo, rodeado dos seus pais e de alguns pastores, como o Messias que leva a salvação aos pagãos.

Essa celebração originou-se nas Igrejas do Oriente, no século III, primeiramente no Egito e, depois, em Jerusalém e na Síria, associada a uma festa do sol, chamada também de “festa das luzes”.

No Ocidente, a Epifania ganhou um forte significado na manifestação aos reis magos, que, vindos de diferentes lugares, simbolizam todas as nações. 


No tratado “Excerpta et Colletanea”, o Doutor da Igreja São Beda assim recolhe as tradições que chegaram até ele:

“Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus.

“Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio.

“E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.

É, pois, São Beda quem por primeira vez escreveu o nome dos três. Nomes com significados precisos que nos ajudam a compreender suas personalidades.

Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, Gaspar significa “aquele que vai inspecionar” e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Para São Beda – como para os demais Doutores da Igreja que falaram deles – os três representavam as três raças humanas existentes, em idades diferentes.

Neste sentido, eles representavam os reis e os povos de todo o mundo.

Também seus presentes têm um significado simbólico.

Melchior deu ao Menino Jesus ouro, o que na Antiguidade queria dizer reconhecimento da realeza, pois era presente reservado aos reis.

Gaspar ofereceu-Lhe incenso (ou olíbano), em reconhecimento da divindade. Este presente era reservado aos sacerdotes.

Por fim, Baltazar fez um tributo de mirra, em reconhecimento da humanidade. Mas como a mirra é símbolo de sofrimento, veem-se nela preanunciadas as dores da Paixão redentora. A mirra era presente para um profeta. Era usada para embalsamar corpos e representava simbolicamente a imortalidade.

Desta maneira, temos o Menino Jesus reconhecido como Rei, Deus e Profeta pelas figuras que encarnavam toda a humanidade.

O nome “mago” era sinônimo de “sábio”. O tratamento dado a eles como grandes eruditos, prudentes e judiciosos, provinha do fato de os sacerdotes da Caldeia serem muito voltados para a consideração dos astros com uma sabedoria que surpreende até hoje.

Os Magos (Luis Eduardo Dufaur)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Sexta-feira, 3 de janeiro de 2025 - Santíssimo Nome de Jesus

 

ORAÇÃO
“Senhor nosso Deus, que destes início à salvação do gênero humano com a encarnação do vosso Verbo, manifestai aos fiéis a vossa misericórdia, para que saibam todos os povos da terra que só o nome do vosso Filho unigênito deve ser invocado.
Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

03 de janeiro - SANTÍSSIMO NOME DE JESUS

 

O nome de Jesus foi posto por Maria e José, em obediência à ordem que lhe viera de Deus.

Disse o Arcanjo a Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc 1,31).

A São José o Anjo disse: “Não temas receber Maria, tua mulher; porque o que nela se gerou, é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho, e por nome o chamarás Jesus”. (Mt 1,20).

O nome de Jesus nos relembra não só o Salvador e a salvação, que por Ele nos veio, mas também o modo admirável porque fomos salvos. 

O nome de Jesus produz admiráveis efeitos naqueles que devotamente o invocam.

Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos” (Fl 2, 9-11).

São Gabriel deixou claro a José a razão deste nome: “porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.

A palavra Jesus em Hebraico quer dizer “Deus Salva” ou "Salvador".

Então, pronunciar o nome de Jesus com fé, é tomá-lo como Divino Salvador. 

É no Nome de Jesus que os pecados são perdoados. “O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2,10).

Ele pode dizer ao pecador: “Teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). E ele transmite esse poder aos homens – os Apóstolos – (Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu Nome.

A Ressurreição de Jesus glorifica o nome do Deus Salvador, pois a partir de agora é o Nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do “Nome acima de todo nome”.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Quinta-feira, 2 de janeiro de 2025 - Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, bispos e doutores da Igreja, Memória

 

ORAÇÃO
“Senhor nosso Deus, que iluminastes a vossa Igreja com os ensinamentos e exemplos dos santos bispos Basílio e Gregório, fazei que procuremos humildemente conhecer a vossa verdade e a vivamos fielmente na caridade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

02 de janeiro - SÃO BASÍLIO MAGNO e SÃO GREGÓRIO NAZIANZENO

 

São Basílio Magno e São Gregório de Nazianzeno viveram interligados por uma profunda amizade, tanto que são festejados pela Igreja no mesmo dia.

Foram companheiros de estudos e inseparáveis amigos na defesa da fé, tiveram as mesmas aspirações à santidade, os mesmos níveis culturais e alimentaram a mesma chama de vocação à vida monástica.

Ambos possuem famílias que subiram a honra dos altares. 

Basílio e Gregório tiveram uma amizade santa e juntos fundaram um monastério na Capadócia.

Eles se conheceram enquanto estudavam em Atenas.

Os dois foram declarados doutores da Igreja pelo Papa Pio V, em 1568.

São Basílio de Cesareia, também chamado de Basílio Magno deixou a paz e a segurança do seu eremitério, para ir a Cesareia, onde foi ordenado presbítero e depois Bispo. 

Basílio veio de uma família de santos, incluindo sua irmã Macrina e irmãos Pedro e Gregório de Nissa. 

Ali, começou sua luta infinita contra a nova heresia, o arianismo, a ponto de merecer, ainda em vida, o título de “Magno” (grande).

Basílio fundou, bem na entrada da cidade, uma Cidadela da caridade, chamada Basilíada, que compreendia orfanatos, hospitais e assistências sanitárias.

São Gregório Nazianzeno, homem de estudo e poeta, pela sua excelente doutrina e inflamada eloquência recebeu a alcunha de teólogo.

Filho de um presbítero, Gregório também era irmão de santos Gorgônia e Cesário. 

É famoso o seu apaixonado Discurso de adeus, proferido quando teve de abandonar Constantinopla por causa das tramas de seus adversários.

Escreveu em seus Poemas morais: “Tudo é instável para que amemos as coisas estáveis”.

Presidiu o primeiro Concílio de Constantinopla, que definiu solenemente a Divindade do Espírito Santo.



quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

01 de janeiro - DIA MUNDIAL DA PAZ

 

“Aqueles que empreenderem, (…) o caminho da esperança, poderão ver cada vez mais próximo a tão desejada meta da paz”, diz um trecho da mensagem para o 58º Dia Mundial da Paz.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano com uma mensagem papal.

Francisco relacionou a mensagem com o sentido do Jubileu Ordinário de 2025 que celebrará a encarnação de Jesus Cristo com o tema “Peregrinos da Esperança”. O momento é apontado pelo como “ocasião de reanimar a esperança”. Entre os sentidos de um Jubileu, está a proposta de restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implica a remissão de dívidas e o repouso da terra.


Oração do Papa Francisco para o
58º Dia Mundial da Paz 2025
Concede-nos, Senhor, a tua paz!
Esta é a oração que elevo a Deus ao dirigir as minhas saudações de Ano Novo aos Chefes de Estado e de Governo, aos Chefes das Organizações Internacionais, aos líderes das diferentes religiões e a todas as pessoas de boa vontade.
Perdoa-nos as nossas ofensas, Senhor,
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e, neste círculo de perdão, concede-nos a tua paz,
aquela paz que só Tu podes dar
para aqueles que deixam o seu coração desarmado,
para aqueles que, com esperança, querem perdoar as dívidas aos seus irmãos,
para aqueles que confessam sem medo que são vossos devedores,
para aqueles que não ficam surdos ao grito dos mais pobres.
Vaticano, 8 de dezembro de 2024
Franciscus

Quarta-feira, 1 de janeiro de 2025 - Santa Maria, Mãe de Deus, Solenidade, Ano C

 

ORAÇÃO
“Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade o dom da salvação eter- na, dai-nos contar sempre com a intercessão daquela que nos trouxe o autor da vida, Jesus Cristo.
Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

01 de janeiro - SOLENIDADE DA SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

O ano civil inicia-se
com a Solenidade de Maria Santíssima, Mãe de Deus,
e com o Dia Mundial da Paz.

O Concílio de Éfeso, em 431, ratificou uma verdade tão querida pelo povo cristão: Maria é a verdadeira Mãe de Cristo; Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, uma só Pessoa, com duas naturezas, sem nenhuma confusão, mudança e divisão.

Assim, foi confirmada também a maternidade divina de Maria. 

Os primeiros cristãos costumavam chamar a Virgem Maria de “Theotokos”, que em grego significa “Mãe de Deus”, título que realça a íntima união entre a divindade e a humanidade, revelada na encarnação de Jesus.

Sendo mãe do Filho de Deus, Maria Mãe de Deus nos aponta o caminho eficaz para fazer a experiência do encontro com Aquele que traz a salvação, pois só Ele é Jesus.

Oração a Santa Maria, Mãe de Deus
“Dá-me, Senhora Mãe de Deus
Um pouco da tua força… para a minha fraqueza.
Um pouco de tua coragem… para o meu desalento.
Um pouco da tua compreensão… para o meu problema.
Um pouco da tua plenitude… para o meu vazio.
Um pouco da tua rosa… para o meu espinho.
Um pouco da tua certeza… para minha dúvida.
Um pouco do teu sol… para o meu inverno.
Um pouco da tua disponibilidade… para o meu cansaço.
Um pouco do teu rumo infinito… para o meu extravio.
Um pouco da tua neve… para o meu barro.
Um pouco da tua serenidade… para minha inquietude.
Um pouco da tua chama… para meu gelo.
Um pouco da tua luminosidade… para a minha noite.
Um pouco da tua alegria… para minha tristeza.
Um pouco da tua sabedoria… para minha ignorância.
Um pouco do teu amor… para meu rancor.
Um pouco da tua pureza… para meu pecado.
Um pouco da tua vida… para minha morte.
Um pouco da tua transparência… para o meu escuro.
Um pouco do Teu Filho de Deus… para meu filho pecador.
Com todos esses “poucos”, Senhora, eu terei tudo.
E assim seja, eternamente, com Cristo na glória, Aleluia!”