A memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja,
recorda-nos que a maternidade divina de Maria se estende, por desejo de Jesus,
à maternidade humana, ou seja, à própria Igreja, mediante um ato de
consagração.
Em 2018, o Papa Francisco introduziu a celebração desta memória,
mediante o decreto Ecclesiæ Mater, a ser comemorada todos os anos, na
segunda-feira, logo após a solenidade de Pentecostes, dia em que a Igreja
nasceu.
ORAÇÃO:
“Ó Maria, a Senhora é Mãe e modelo da Igreja. No dia de
Pentecostes, a Senhora estava presente, participando do nascimento da Igreja.
Com muito amor, ensinava aos primeiros cristãos tudo o que sabia sobre o seu
filho Jesus. Por isso, a Senhora é Mãe da Igreja, é Mãe da nossa comunidade, é
nossa querida Padroeira. Hoje, com muita confiança, nós lhe rogamos: ajude-nos
a ter os olhos abertos para ver os problemas que nos afligem e ter a coragem de
nos unir e lutar por um mundo mais justo e fraterno. Alcance-nos a força para
vencer o nosso egoísmo, e abrir o nosso coração para ficar sempre à disposição
do Senhor e dos irmãos. Maria, Mãe da Igreja, ensine-nos a escutar a Palavra do
Senhor, para que, a seu exemplo, sejamos uma comunidade fiel à oração, ao serviço
a ao anúncio da Boa Nova. Que a Senhora seja para nossa comunidade a Estrela de
Evangelização sempre renovada.”
Maria, Mãe da Igreja, intercedei por nós, Amém!
Na segunda-feira depois de Pentecostes, a Igreja celebra
a Memória de "Maria Mãe da Igreja".
Este título deve-se
principalmente a Paulo VI, que o definiu assim: “Maria é a Mãe da Igreja”;
“Para sermos cristãos, devemos ser marianos”. “Ela é Mãe da Igreja de modo
eminente e inteiramente singular” (LG, 53). “Pelo dom e missão da maternidade
divina, que A une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e
funções está também a Virgem intimamente ligada à Igreja” (LG, 63).
Desde o
Concílio de Éfeso, no século IV, é verdade de fé que Maria é Mãe de Deus, pois
Ela concebeu no seu ventre o Senhor Jesus, a Segunda Pessoa da Santíssima
Trindade. Ela é Mãe de Cristo e do Corpo de Cristo, Ela é Mãe da Igreja.
O Papa Paulo VI, no final da terceira sessão do Concílio
Vaticano II, em 21 de novembro de 1964, declarou a Bem-Aventurada Virgem “Mãe
da Igreja, isto é, de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores
que a chamam de Mãe amantíssima”.
Em 1980, João Paulo II inseriu nas Ladainhas Lauretanas a
veneração a Nossa Senhora como Mãe da Igreja.
No Decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos, divulgado em 3 de março de 2018, mas com
data de 11 de fevereiro de 2018, ficou estabelecido que a recorrência seja
celebrada na segunda-feira após Pentecostes.
O objetivo é “favorecer o crescimento do senso materno da
Igreja nos pastores, religiosos e fiéis, bem como da genuína piedade mariana”.
Depois, chegou o decreto desejado pelo Papa Francisco
que, na memória de um ano atrás, em 10 de junho de 2019, escreveu um tweet que
continua atual: “Maria, mãe da Igreja, ajuda-nos a entregar-nos plenamente a
Jesus, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e de cruz,
quando nossa fé é chamada a amadurecer”.
“Imploramos de todo o coração a proteção da
bem-aventurada Virgem Maria, mãe de Cristo, por nós chamada também Mãe da
Igreja, e com uma só voz, um só coração, damos graças e glorificamos a Deus
vivo e verdadeiro, a Deus único e sumo, ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Amém!”