quinta-feira, 3 de outubro de 2024

03 de outubro - SÃO MATEUS MOREIRA

Quase três meses depois do massacre de Cunhaú, em 3 de outubro de 1645, outras 80 pessoas também viraram alvos em outro cenário: às margens do rio Uruaçú, MATEUS MOREIRA, um leigo, fiel colaborador do Padre AMBRÓSIO FRANCISCO FERRO, presbítero, e seus companheiros foram despidos e assassinados por não terem se convertido ao protestantismo.

Mateus Moreira e seus companheiros são conhecidos como “mártires de Uruaçú”.

Ao manifestar publicamente sua adesão a Cristo e à Igreja Mateus Moreira teve o seu coração arrancado pelas costas e ainda encontrou forças para professar, no último instante, sua fé na Eucaristia, exclamando “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!

O quadro de São Mateus Moreira está exposto
no altar da Igreja de São Mateus Moreira, em Parnamirim – RN,
e foi pintado pelo artista potiguar Gilvan Lira no ano de 2007.

São Mateus Moreira foi proclamado Patrono dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, no Brasil, na Assembleia Geral dos Bispos do Brasil em 2005 e a decisão foi aprovada pela Congregação para o Culto Divino. Foi canonizado pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017.

Os chamados "mártires de Cunhaú e Uruaçú" - nomes de duas localidades da época que hoje correspondem aos municípios potiguares de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante - foram beatificados em 05 de março de 2000 pelo Papa João Paulo II e canonizados no dia 15 de outubro de 2017, na Praça de São Pedro, pelo Papa Francisco.

"Pela exaltação da fé católica e incremento da fé cristã, declaramos e definimos santos os padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus 27 companheiros leigos", disse o papa na celebração ao decretar a santidade de 30 brasileiros

Quadro mostra massacre em Cunhaú, no Rio Grande do Norte.
 Os mortos identificados foram declarados santos.
 Imagem pintada por Padre Eládio.

Uma missa de domingo em uma capela, ameaças em campo aberto às margens de um rio e 150 pessoas brutalmente assassinadas. Dois massacres registrados no Rio Grande do Norte e apontados como símbolos da intolerância religiosa de holandeses que dominavam o Nordeste brasileiro em 1645 renderam ao país, 379 anos depois, 30 novos santos - "os primeiros santos mártires do Brasil".



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