sábado, 22 de fevereiro de 2025

22 de fevereiro - NOSSA SENHORA DO DIVINO PRANTO

 

A devoção a Nossa Senhora do Divino Pranto teve origem na aparição da Virgem Maria à Irmã Elisabetta Redaelli, na noite de 22 para 23 de fevereiro de 1924, na casa das Irmãs Marcelinas, em Cernusco sul Naviglio.

Elizabete tornou-se uma religiosa feliz, cheia de vida. Vivia plenamente sua vocação no meio das alunas.

Inesperadamente, Irmã Elizabete ficou muito doente. Ela tinha apenas 27 anos.

A doença a deixou cega, debilitada e cada vez mais fraca. Ela sofria muito, sentia muitas dores, mas não reclamava de nada. Seu olhar transmitia serenidade, paz e coragem. Fazer a vontade de Deus era o mais importante para ela naquele momento de dor. E quanta dor!

As dores a consumiam dia a dia e Irmã Elizabete não esperava mais nada nesta vida a não ser o dia de sua morte. Seu médico, Doutor Bino, dizia: “Nada mais posso fazer por esta jovem Irmã. Cuidem dela e podem chamar-me a qualquer momento”. 

Mas algo de muito especial aconteceu na noite do dia 6 de janeiro de 1924! Já era muito tarde, por volta das 22 horas e trinta minutos!

Em meio ao silêncio profundo da noite, Irmã Elizabete começa a falar e as outras Irmãs que cuidavam dela ficam surpresas.

Irmã Elizabete diz: “Oh! Como a Senhora é boa! Mas eu tenho uma dor tão grande que nem sei oferecer a Deus... reze por mim!”

Então a bela Senhora lhe diz: “REZA! CONFIA! ESPERA! Voltarei para ver você de 22 para 23 de fevereiro”. Depois de sorrir, desapareceu.

Irmã Elizabete não sabia quem era aquela boa e linda Senhora que a tinha visitado. Coitada! As Irmãs pensavam que a pobre Irmã estava sonhando. Como poderia ver alguém se ela estava cega há um ano? Ela, no entanto, continua tranquila em seu sofrimento, mas sua saúde piora cada vez mais.

O mês de fevereiro inicia e Irmã Elizabete não esquece o que a bela Senhora tinha lhe falado: “Eu voltarei”.

Era o dia 22 de fevereiro. Cai a noite, são 23h45min, as Irmãs enfermeiras velam pela agonizante e rezam.

Neste momento, Irmã Elizabete tem um sobressalto e as Irmãs pensam que é o fim. “Oh! A Senhora! A Senhora!” diz Irmã Elizabete, sentada na cama, mãos postas, olhar fixo num determinado ponto e com o rosto erguido. “De 22 para 23? Eu havia entendido de 2 para 3”.

Um pouco depois, cheia de espanto diz: “Mas, a Senhora.... é... Nossa Senhora! É Nossa Senhora! Nossa Senhora com um menino!

Somente neste momento, Irmã Elizabete reconhece que aquela boa Senhora era a Mãe de Jesus. “Mas, por que chora o seu menino? Chora por minha causa? Chora por meus pecados? Chora porque não o amei bastante?"

Irmã Elizabete vê Jesus nos braços de Nossa Senhora. Ele está com seu rostinho erguido, olhando o rosto da sua mãe e uma das mãozinhas pousa sobre a mão de Maria.

Sua longa veste branca perde-se no manto da Virgem e de seus olhos meigos rolam duas grandes lágrimas.

As Irmãs que estavam presentes não ouvem e não veem nada, mas sentem que algo de extraordinário está acontecendo ali.

Nossa Senhora ternamente, lhe responde: “O Menino chora porque não é bastante AMADO, PROCURADO, DESEJADO, também pelas pessoas que lhe são consagradas. Tu deves dizer isto!

Irmã Elizabete não tinha percebido a missão que tinha recebido e disse: “Oh, Nossa Senhora, leve-me ao paraíso!" Nossa Senhora lhe responde: “Deverias ir, mas agora deves anunciar esta mensagem a todos”.

Irmã Elizabete, um pouco assustada, diz: “Mas eu sou tão pequena, a última de todas, não sei nada, nem sei mais falar, quem acreditará em mim? Dê-me um sinal então”. Neste momento, a Virgem sorri, carinhosamente, inclina-se um pouco e diz: “Devolvo-te a saúde”. E desaparece com seu Menino.

Irmã Elizabete ficou totalmente curada e viveu mais 60 anos, anunciando, com a própria vida, a mensagem que Nossa Senhora lhe tinha dado. Seu olhar meigo, profundo, luminoso, era o olhar de quem já viu o céu!


Esta linda Senhora recebeu o título de Nossa Senhora do Divino Pranto porque Jesus chorava no seu colo pelos pecados que cometemos, pelas coisas erradas que fazemos, pela nossa falta de amor, de respeito, de gratidão.

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