Nesta festa, recorda-se o dom do Espírito Santo, que
dissipa a confusão de Babel (Gn 11,9): com a morte, ressurreição e ascensão ao
Céu de Jesus, os povos voltam a se entender com a mesma língua: a do amor.
Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa. É a
solenidade que celebramos após 50 dias da ressurreição. Pentecostes marca o
início solene da vida da Igreja (Cf. At 2,1-41), não o seu nascimento, pois
este se dá, misteriosamente, na Sexta-Feira Santa, do lado do Cristo
Crucificado, como sua esposa imaculada.
Pentecostes coroa a obra da redenção, pois nela Cristo
cumpre a promessa feita aos apóstolos, segundo a qual enviaria o Espírito Santo
Consolador, para os confirmar e os fortalecer na missão apostólica.
A vinda do Espírito Santo, no episódio bíblico de At
2,1-4, deve ser entendida em dimensão também eclesiológica, ou seja, como ação
estendida a toda a Igreja, no desejo do Pai e do Filho. Com Pentecostes
encerra-se, pois, o ciclo da Páscoa.
O profeta Isaías falou dos dons do Espírito: “Espírito de
sabedoria e de entendimento; Espírito de prudência e de coragem; Espírito de
ciência e de temor do Senhor” (Is 11,2).
Mas, estes dons serão "inatingíveis" se não
forem ligados aos seus frutos: “O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz,
paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança. Contra estas
coisas não há Lei” (Gl 5,22-23).
Esses dons se iluminam entre si.
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