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O profeta Joel viveu provavelmente entre os séculos V e IV a.C., no Reino de Judá, após o exílio da Babilônia. Seu livro, breve mas intenso, faz parte dos doze profetas menores. Joel interpreta uma praga de gafanhotos como sinal do juízo de Deus, mas também como apelo à conversão. Ele anuncia o “Dia do Senhor” e proclama a promessa do derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne (Jl 3,1), profecia que se cumpre em Pentecostes (At 2,16-21). Sua mensagem une o chamado à penitência com a esperança da salvação, mostrando que Deus é misericordioso e sempre pronto a perdoar. Temas específicos da profecia de Joel • O Dia do Senhor: central na mensagem, como tempo de juízo, mas também de salvação para os que se convertem.
• A praga dos gafanhotos: interpretada como castigo divino e convite à penitência.
• Chamado à conversão: jejum, oração e retorno sincero a Deus.
• Misericórdia de Deus: “rasgai o coração e não as vestes” (Jl 2,13).
• Promessa messiânica: derramamento universal do Espírito Santo sobre homens, mulheres, jovens e idosos (Jl 3,1), cumprida em Pentecostes.
• Esperança escatológica: restauração de Jerusalém e vitória de Deus sobre os inimigos. Conteúdo geral da profecia de Joel Joel usa imagens fortes para interpretar acontecimentos históricos (como a praga de gafanhotos e a seca) como sinais do juízo divino. Porém, insiste que não se trata de condenação sem saída: Deus é fiel e cheio de misericórdia. O profeta exorta o povo a buscar a conversão sincera, acompanhada de oração e jejum comunitário.
Ao mesmo tempo, anuncia um futuro de abundância, restauração e, sobretudo, o dom do Espírito Santo, que será dado a todos. Assim, Joel une penitência e esperança, mostrando que o Senhor transforma o mal em caminho de vida nova. Divisão do livro de Joel Tradicionalmente, o livro pode ser dividido em três grandes partes: 1. Cap. 1,1–2,17 → Praga dos gafanhotos e chamado à conversão
o Descrição da calamidade (insetos, seca).
o Convocação a jejuns, assembleia sagrada e arrependimento. 2. Cap. 2,18–3,5 → Resposta de Deus e promessa do Espírito
o Restauração da fertilidade da terra.
o Deus promete estar no meio do seu povo.
o Profecia do derramamento do Espírito sobre todos. 3. Cap. 4,1-21 → Juízo e esperança final
o Reunião das nações no “vale de Josafá” para o julgamento.
o Salvação de Jerusalém e triunfo definitivo de Deus.
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