terça-feira, 30 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Ninguém as arrebatará da minha mão (Jo 10,27-30)
OLHANDO O CONTEXTO
O texto sobre o qual vamos
refletir hoje faz parte do conhecido complexo que trata da relação entre o
pastor e o seu rebanho (Jo 10). Busca-se, nesse capítulo, responder à questão:
quais são os fundamentos da relação entre Jesus e sua comunidade. O trecho em
foco, João 10,27-30, nasce, como tantos outros, do confronto entre Jesus e um
grupo de judeus. Discute-se, aqui, como se pode estabelecer uma relação
autêntica e duradoura com Deus. Para alguns judeus, o templo é a base desse
relacionamento.
O confronto se deu quando
Jesus estava no templo por ocasião da Festa da Dedicação ou da Purificação.
Essa festa lembrava a purificação do Templo de Jerusalém, na época dos
macabeus, três anos após o altar do templo ter sido profanado, ou seja, ter
sido usado para oferecer sacrifícios ao Deus maior dos gregos, Zeus. A festa
representava, portanto, a expulsão dos elementos estrangeiros do centro
religioso da comunidade e a recuperação da identidade judaica baseada na pureza
ritual e no exclusivismo étnico e religioso.
O templo era, sem dúvida, um
dos mais importantes elementos de agregação da comunidade judaica e, por isso,
da preservação da sua identidade. Mas essa identidade estava sendo ameaçada com
as afirmações que Jesus fazia sobre si, sobre Deus e sobre a natureza da
relação com Deus. Jesus propunha uma relação com Deus, na qual a fé e a
confiança são determinantes. Fé e confiança como base de uma relação de amizade
sustentável com Deus e entre as pessoas costumam dispensar normas de pureza e
ritos estipulados pela Lei. As pessoas que aderiam a essa proposta de Jesus
passaram a desconsiderar as tradicionais normas de vida estabelecidas pela
centralidade do templo. Isso podia ser entendido como ameaça à identidade de
diversos grupos no judaísmo.
Nessa controvérsia acerca
dessas duas propostas de viver a fé, o evangelho de João vai insistir que
identidade e coesão da comunidade somente; são possíveis em torno do projeto e
da pessoa de Jesus. A pessoa de Jesus representa, no evangelho, essa nova
maneira de construir a relação com Deus baseada na confiança e na amizade e,
assim, de criar uma nova identidade que não mais depende das exigências de
pureza do templo nem de restrições étnicas e religiosas do judaísmo.
DEGUSTANDO O TEXTO
V.27 As minhas ovelhas conhecem a minha voz, eu as conheço, e elas
me seguem.
Conhecer e seguir: esses dois
verbos indicam a profundidade da relação entre Jesus e as pessoas que em torno
dele se congregam. Conhecer não é apenas algo racional e teórico, mas expressa
uma relação existencial, profunda, quase íntima. Conhecer Jesus significa ter
experimentado a presença do Deus que liberta e dá vida plena.
Conhecimento baseado na experiência: é isso que dá segurança às pessoas e as
impulsiona ao seguimento. Seguir a Jesus significa aderir a seus
ensinamentos e suas propostas e ser cúmplice de seu projeto. Aderir
a essa proposta de relação de confiança com Deus implica vivê-la. É, portanto,
uma decisão pelo discipulado.
V. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão e ninguém as
arrebatará da minha mão.
Em meio a um ambiente hostil,
onde diversas vozes se levantavam para destruir a comunidade que começa a se
formar, a pessoa de Jesus oferece segurança. As “ovelhas” ameaçadas pelos que
querem dispersá-las podem ter a certeza de que não irão ao “matadouro”, pois
Jesus já as conquistou com a sua vida para a eternidade. Sua promessa para quem
ouvir sua voz e seguir sua proposta é de vida eterna. Num ambiente hostil, a
confiança e a fé tornam-se os elementos aglutinadores para os seguidores de
Jesus. Fé, confiança e vida solidária dão as forças necessárias para a
comunidade continuar resistindo.
V. 29 Meu Pai, que me deu tudo, é maior que todos; e da mão do Pai
ninguém pode arrebatar.
Todas as pessoas que estão
coesas e comprometidas em torno de Jesus podem ficar tranquilas e seguras, pois
é Ele quem nos protege contra a ameaça de cair em mãos inescrupulosas e
escravizadoras. A verdadeira comunidade que segue os princípios de Cristo não
poderá ser arrebatada ou destruída, porque Deus é mais forte do que
tudo e todos. Outra versão também é possível: Aquilo que meu Pai me deu é
maior do que tudo. Nesse caso, pensa-se normalmente na autoridade
concedida pelo Pai ao filho. Mas talvez seja possível pensar também na
comunidade como o maior bem que Jesus recebeu de Deus. Esse bem precioso ficará
bem guardado sob a proteção de Deus.
V. 30 Eu e o Pai somos um.
Esta é a afirmação que causa
grande escândalo entre os judeus e que faz do cristianismo uma fé singular: é
na humanidade de Jesus de Nazaré que encontramos Deus em sua
concretude e humildade. É na vida, nos ensinamentos, nas ações, no
comportamento, na paixão, na morte e na ressurreição de Jesus que Deus se
revela aos seres humanos. Em e através de Jesus, Deus se fez
presente e se revelou a toda humanidade. Na comunhão dos que buscam uma vida
que se assenta na confiança em Deus e na solidariedade entre as pessoas, ele
continua a manifestar-se ainda hoje.
AMPLIANDO A MENSAGEM
Ouvir, conhecer, confiar e seguir
são atitudes fundamentais para o discipulado. Jesus não é um senhor
de escravos, que domina, coloca o cabresto ou prende suas “ovelhas” dentro do
curral. Em sua vida mostrou-se como quem está a serviço dos que o seguem, que
se interessa pelo bem estar de suas ovelhas, que caminha junto com elas e as
conduz em e para a liberdade. A sua relação com as pessoas está
baseada na confiança e não na troca de favores ou na
manipulação de pessoas em benefício próprio. Em Jesus, o Deus da vida, da
misericórdia e da justiça se manifesta e nos convida a segui-lo.
A metáfora das ovelhas
representa a vivência coletiva, já que elas não andam sozinhas, mas em grupo. A
imagem nos desperta para olharmos para o outro e para a outra. Ela nos convida
a romper com o individualismo que nos escraviza. Ela nos chama para a atuação
em comunidade, estabelecendo relações de familiaridade, solidariedade e
serviço.
Crer é aderir à proposta de
Cristo. Isso implica seguimento e compromisso. Talvez a nossa
decisão pelo projeto de Jesus possa redundar em conflitos com mentes prontas e
tradições estruturadas. Mas para essas pessoas existe a promessa de que não
serão afastadas da comunhão com Deus porque estão guardadas em suas mãos.
Texto de Sônia
Mota é pastora presbiteriana (IPU) e Nelson Kilpp é pastor luterano (IECLB).
Ambos são colaboradores do CEBI.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Comissão de Animação Bíblica de Gravataí promove retiro paroquial
A paróquia São Vicente Pai dos pobres de Gravataí, abriu as portas neste último sábado para o retiro paroquial organizado pela comissão de animação bíblica da vida e da pastoral. Aproximadamente duzentas lideranças renovaram seu seguimento a Jesus através de um surpreende encontro com a Palavra de Deus.
Os pregadores do retiro, além do Espírito Santo, foram os próprios leigos das sete comunidades que compõe a paróquia. Padre Bonifácio Schimidt da comissão arquidiocesana acompanhou e marcou presença em todo o retiro dando contribuições e ajudando os participantes no encontro com a Palavra de Deus presente no Evangelho de Lucas.
Na ocasião foi lançado o livro sobre o Evangelho de Lucas com vinte e quatro encontros para serem realizados nas famílias através do método da Leitura Orante.
Os participantes do retiro testemunharam a graça deste encontro e pedem que esta experiência de fé e escuta da Palavra de Deus se repita em outros momentos da vida paroquial.
Pe. Maurício da Silva Jardim
Pároco
domingo, 14 de abril de 2013
O amor em primeiro lugar (Jo 21,1-19)
OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA
No texto de hoje, vamos meditar o último diálogo de Jesus com os discípulos. Foi um reencontro celebrativo, marcado pela ternura e pelo carinho. No fim, Jesus chamou Pedro e perguntou três vezes: "Você me ama?" Só depois de ter recebido, por três vezes a mesma resposta afirmativa é que Jesus deu a Pedro a missão de tomar conta das ovelhas. Para poder trabalhar na comunidade Jesus não pergunta se sabemos muito. O que ele pede é que tenhamos muito amor! Vamos conversar sobre isto.
Eis a lista dos fatos acrescentados no apêndice:
1. Jo 21,1-3: A volta à pescaria: o difícil trabalho da evangelização
2. Jo 21,4-8: A pesca abundante: a palavra de Jesus faz crescer a comunidade
3. Jo 21,9-14: A celebração da ceia, presidida por Jesus que une a todos
4. Jo 21,15-17: O primado do amor no centro da missão
5. Jo 21,18-23: A discussão em torno da morte de Pedro e do Discípulo Amado
6. Jo 21,24-25: A nova conclusão do Quarto Evangelho.
1. Jo 21,1-3: A volta à pescaria: o difícil trabalho da evangelização
2. Jo 21,4-8: A pesca abundante: a palavra de Jesus faz crescer a comunidade
3. Jo 21,9-14: A celebração da ceia, presidida por Jesus que une a todos
4. Jo 21,15-17: O primado do amor no centro da missão
5. Jo 21,18-23: A discussão em torno da morte de Pedro e do Discípulo Amado
6. Jo 21,24-25: A nova conclusão do Quarto Evangelho.
Os outros evangelhos contêm episódios semelhantes a estes e foram conservados no apêndice do Evangelho de João. Mas eles os colocaram em outros momentos da vida de Jesus. Por exemplo, Lucas situa a pesca abundante bem no começo. Mateus coloca a missão de Pedro no fim da permanência na Galileia.
João 21,1-3: "Vamos pescar!" - retrato de um início difícil
Duas coisas chamam a atenção. A primeira é que os discípulos passaram a noite toda pescando e não apanharam nada. Isto significa que o começo do anúncio da Boa Nova, logo depois da morte e ressurreição de Jesus, não foi fácil. Muito trabalho e pouco resultado! Pouco peixe na rede. Mas eles continuaram tentando. Não desanimam. Têm perseverança. A segunda é que eles ainda não se dispersaram e continuam unidos, apesar das dificuldades. Então quase todos aí. Pedro, na frente, que toma a iniciativa. Junto dele Tomé, Natanael, Tiago e João, mais dois outros, cujos nomes não são revelados, e o discípulo a quem Jesus amava.
João 21,4-6: Nova ordem de lançar a rede
De manhã cedo, quando vêm voltando da pescaria frustrada, Jesus está na praia, mas eles não o reconhecem. Depois de ter constatado que não tinham pescado nada, Jesus manda lançar novamente a rede. Lançaram, e ela ficou tão cheia de peixes, que não deram conta de puxá-la. É a palavra de Jesus que faz crescer a comunidade! É a mesma abundância que já notamos quando Jesus mudou água em vinho e quando multiplicou os pães no deserto.
João 21,7-8: O amor é capaz de reconhecer Jesus
Vendo o resultado da pesca, o Discípulo Amado disse a Pedro: "É o Senhor!" O amor é capaz de reconhecer a presença de Jesus nas coisas que acontecem na vida. Ouvindo isso, Pedro, que estava nu, colocou uma roupa no corpo e pulou na água. É o Discípulo Amado que abriu os olhos de Pedro. Quando Pedro descobre a presença de Jesus, descobre também que ele mesmo está nu. Como diz a Carta aos Hebreus: diante de Jesus, a Palavra de Deus, "não há criatura oculta à sua presença, mas tudo está nu e descoberto" (Hb 4,13). Descobrindo Jesus, Pedro se reencontra consigo mesmo. Ele se refaz (coloca a roupa) e se torna capaz de enfrentar o mar. Estavam perto da margem. Os outros vêm atrás do barco, arrastando a rede cheia de peixes.
João 21,9-14: A celebração da ceia, presidida por Jesus que une a todos
Chegando à praia, descobrem que Jesus já tinha preparado uma refeição com pão e peixe assado nas brasas. Jesus manda trazer mais uns peixes dos que foram apanhados na rede. Pedro sobe no barco e arrasta a rede para a terra. Fazendo as contas, eram 153 peixes grandes, e, "apesar de serem tantos, a rede não se rompeu". Tudo isto tem um valor simbólico muito grande. A rede simboliza a Igreja. É Pedro que arrasta a rede, mas é o Discípulo Amado que reconhece Jesus. Alguns acham que tudo isto se refere a um fato que aconteceu no fim do século I. Diante das perseguições cada vez mais fortes contra os cristãos, as comunidades do Discípulo Amado com seus 153 membros uniram-se às outras comunidades coordenadas pelos outros apóstolos. E aí todos juntos fizeram uma grande celebração da unidade, em cujo centro estava o próprio Senhor Jesus, preparando a Ceia.
João 21,15-19: O amor no centro da missão
Terminada a refeição, Jesus chama Pedro e pergunta 3 vezes: "Você me ama?" Três vezes, porque foi três vezes que Pedro negou Jesus. Depois de três respostas afirmativas, Pedro recebe a ordem de tomar conta das ovelhas. Jesus não perguntou se Pedro tinha estudado exegese, teologia, moral ou direito canônico. Só perguntou: "Você me ama?" Foi nessa hora que Pedro se tornou também "Discípulo Amado". O amor em primeiro lugar. Para as comunidades do Discípulo Amado, o que sustenta o primado e mantém as comunidades unidades não é a doutrina, mas sim o amor.
Texto de Mesters, Lopes e Orofino
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Adolescentes são convidados para o encontro "Kairós Junior"
Acontece neste final de semana, dias 06 e 07 de abril, o
primeiro encontro Kairós Júnior de 2013. Promovido pela Pastoral Vocacional Arquidiocesana,
o encontro será realizado no Seminário Menor São José, em Gravataí. O encontro
iniciará às 14h do sábado e será encerrado às 14h do domingo.
O Kairós é um encontro de discernimento vocacional para o adolescente ou jovem que pensa em ingressar no Seminário. Neste final de semana, será realizado o Kairós Júnior, que é destinado à gurizada que estuda entre a 5ª e 7ª série ou que tenham idade aproximada entre 11 e 13 anos de idade.
O animador vocacional da Arquidiocese, padre Cláudio D’Angelo Castro, explica que o encontro é um espaço para reunir os meninos que pensam em ser padre e falar sobre essa vocação. O encontro acontece de forma leve, com momentos de oração, convivência com outros vocacionados, conversa com os seminaristas e momentos de lazer com a realização de jogos.
Como o encontro acontece em dois dias, os participantes dormirão no Seminário Menor e, por isso, devem prestar atenção nos pertences que devem levar para a estadia como roupa para a prática de esportes, material para anotações como caderno e caneta, material de higiene pessoal e roupa de cama: lençol, travesseiro, cobertores.
Quem desejar maiores informações ou esclarecer dúvidas deve procurar o Padre de sua Paróquia ou entrar em contato com a coordenação da Pastoral Vocacional: Padre Cláudio D’Angelo Castro através dos telefones (51) 9993 0222 ou (51) 34461835.
O Kairós é um encontro de discernimento vocacional para o adolescente ou jovem que pensa em ingressar no Seminário. Neste final de semana, será realizado o Kairós Júnior, que é destinado à gurizada que estuda entre a 5ª e 7ª série ou que tenham idade aproximada entre 11 e 13 anos de idade.
O animador vocacional da Arquidiocese, padre Cláudio D’Angelo Castro, explica que o encontro é um espaço para reunir os meninos que pensam em ser padre e falar sobre essa vocação. O encontro acontece de forma leve, com momentos de oração, convivência com outros vocacionados, conversa com os seminaristas e momentos de lazer com a realização de jogos.
Como o encontro acontece em dois dias, os participantes dormirão no Seminário Menor e, por isso, devem prestar atenção nos pertences que devem levar para a estadia como roupa para a prática de esportes, material para anotações como caderno e caneta, material de higiene pessoal e roupa de cama: lençol, travesseiro, cobertores.
Quem desejar maiores informações ou esclarecer dúvidas deve procurar o Padre de sua Paróquia ou entrar em contato com a coordenação da Pastoral Vocacional: Padre Cláudio D’Angelo Castro através dos telefones (51) 9993 0222 ou (51) 34461835.
Kairós Juvenil
Também no mês de abril, dias 20 (sábado) e 21 (domingo)
será realizado o encontro Kairós Juvenil. Esta edição do encontro é
destinada aos jovens acima de 14 anos ou que estejam estudando da 8ª série em
diante. O Kairós Juvenil será realizado no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão.
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