A última noite da Semana é a chamada Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia, normalmente celebrada na noite ou madrugada do Domingo de Páscoa. Esta festa é móvel e se celebra no primeiro Domingo depois da lua cheia do outono.
Páscoa, do latim paschalis, deriva da palavra hebraica Pessach, passagem. A Páscoa de Cristo é sua passagem da morte na cruz para a ressurreição. É sua vitória plena e definitiva sobre a morte e todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano. A Páscoa é o mistério unificador de toda a nossa fé cristã, sendo, assim, a principal festa da Igreja.
Com este nome designamos a festa judaica da saída do povo do Egito conduzido por Moisés, celebrada anualmente na primeira lua cheia depois do outono, no hemisfério sul, com a ceia pascal e o cordeiro imolado, ervas e pão ázimo.
Simboliza também a festa cristã da Ressurreição de Jesus de Nazaré no ano 30 da era cristã, celebrada cada ano durante o tríduo pascal, da Quinta-feira ao Domingo da Semana Santa, sempre no Domingo após a lua cheia depois do início do outono no hemisfério sul, com a Festa Eucarística Solene durante a chamada Vigília Pascal, com inúmeras leituras bíblicas, celebração do fogo novo, velas e Círio Pascal, água e batismo de adultos, pão consagrado na missa solene e o canto do Hino em latim "Exultet".
Se observarmos o caminho que já fizemos até este hoje, foram quarenta dias que a nossa Santa Mãe Igreja, com toda a sua pedagogia e experiência, queria transmitir e incentivar que todos os seus filhos tivessem uma oportunidade de preparar-se espiritualmente para celebrar esta eucarística com o coração totalmente reconciliado e agradecido, a festa mais importante do calendário litúrgico cristão, a Páscoa, a Ressurreição, o memorial pelo qual recordamos a passagem da morte à vida. Jesus venceu a morte, a morte já não tem poder sobre o amor, sobre o bem ou sobre a salvação, dom de Deus para a humanidade.
Nesta noite, na vigília pascal, a emoção estava à flor da pele, tudo nos estava falando, foi uma celebração cheia de simbolismo que já se explicava por si mesmo. Ao ler todos os textos tanto do AT quanto do NT, com o objetivo de também fazer memória de todos os momentos da intervenção de Deus na história do seu povo, do qual podemos considerar como História de Salvação, e hoje seguimos lembrando estes momentos com grande satisfação, porque esta História de Salvação continua, porque o Senhor Ressuscitado não deixa de se fazer presente na história de cada um de nós. Uma história construída pela presença de grades interrogantes, dúvidas, cruzes, caídas, pecados, etc., porém, no final será esta história da intervenção de Deus na nossa vida que temos que anunciar aos nossos contemporâneos, o objetivo não é de fazer com que eles tenham mais fé ou que sejam mais fervorosos, mas deixar claro que tudo isso foi graças a um coração aberto às manifestações misericordiosas de Deus.
A história de cada cristão deve estar marcada e selada pela Ressurreição de Jesus. Falar da Ressurreição não é um tema fácil, principalmente neste mundo que vivemos, onde todos querem saber ao milímetro de tudo, sobre como foi, como passou, que ocorreu e comprovar para que não sejam enganados por uma fé psicológica, sentimentalista ou uma fé da prosperidade, mas apesar de tudo isso ainda resta espaços para as dúvidas. A nossa fé não pode ficar dependente de como se interpreta para poder alcançá-la, uma coisa é importante, ter uma experiência profunda e real do ressuscitado. Assim, poderemos ser testemunhas com crédito, mas e a verdade é que não temos testemunhos que vieram e presenciar tais acontecimentos, com isso quero dizer-vos que o único que nos relata o evangelho deste Dia Santo é o testemunho das mulheres e dos discípulos que relataram ao chegar e encontraram o sepulcro vazio: ‘encontramos os panos postos no chão’ e também o ‘sudário’. Isso foi suficiente para crer que o Filho de Deus, o Messias, Jesus, tinha ressuscitado dos mortos. Ali estava a o ‘Santo Sudário’, neste momento os seus olhos se abriram à fé e começaram a entender tudo aquilo que Jesus tinha explicado sobre ‘ressuscitar dos mortos’.
Na passagem evangélica de são João (20, 1-10) nos diz que entraram ‘viram e creram’, a partir deste episódio podemos também fazer as nossas perguntas: Pois será que não acreditavam quando estavam com Jesus? A resposta é que acreditavam, porém, não entendiam o que Jesus queria dizer com tais palavras. Agora as coisas já começam estar mais do que clarividentes pela falta de fé daqueles homens que necessitavam de algum sinal para seguir em frente como seguidores de um Galileu: ‘ele andou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo; pois Deus estava com ele’, como já nos afirmava a primeira leitura (Atos dos Apóstolos 10, 34.37-43).
Cristo ressuscitou!
Páscoa é vitória da vida sobre a morte. Vitória de Jesus e nossa também. É sua vitória plena e definitiva sobre a morte e todos os males. Desse modo, a ressurreição de Jesus mudou totalmente a história da humanidade e de cada ser humano.
Páscoa significa “passagem”. A morte de cada pessoa é sua Páscoa, a passagem deste mundo para o Pai.
A Páscoa nasceu com a Igreja e a Igreja nasceu da Páscoa.
Todo domingo “dia do Senhor” é Páscoa e toda Eucaristia é memorial do mistério pascal.
A cor branca, própria do Tempo Pascal, lembra a vitória do Cordeiro imolado, vencedor da morte e do mal, trazendo a paz.
A cruz vazia ou só com um lençol branco recorda que a cruz é o começo de nova era.
O cordeiro é o símbolo religioso mais antigo da Páscoa. Simboliza Cristo chamado de Cordeiro de Deus por João Batista.
O Círio Pascal aceso na Vigília e em todas as celebrações do Tempo Pascal, é associado à luz, e é símbolo do Ressuscitado.
O ovo (explorado pelo comércio, se for de chocolate) é símbolo da vida, é a maior célula que existe.
O coelho não é símbolo religioso de Páscoa.
A Colomba ou Pomba Pascal também não é símbolo religioso, mas comercial.
Os 4 evangelistas são unânimes em afirmar que as mulheres foram as primeiras anunciadoras da Ressurreição do Senhor.
A missa da Vigília é a verdadeira missa do Domingo de Páscoa. As outras missas durante o domingo são prolongamento da Vigília e mantém o clima pascal festivo.
Hoje, você e eu, somos convidados a dar testemunhos daquilo que este homem, realizou e continuará realizando nas nossas vidas. Se Jesus foi fiel até os últimos dias da sua vida, assumindo todas as consequências, suportando o peso dos nossos pecados e graças a Ele podemos dizer que as portas do céu já estão abertas para todos os que acreditam Nele.
Pe. Lucimar, sf
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