SAB Aproximai-vos da presença do Senhor (Ex 16,9): Mês da Bíblia 2011. São Paulo: Paulinas, 2011, 56 p.
Por Thiago José Barbosa de Oliveira Santos
O Serviço de Animação Bíblica (SAB) das Paulinas nos presenteia com o subsídio sobre o Êxodo, que neste ano de 2011 foi escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o Mês da Bíblia, propondo uma ligação entre o Livro do Êxodo e o estudo de Iniciação Cristã. Por isso, o SAB indica o estudo dos textos escolhidos do livro do Êxodo simultaneamente a passagens que tratam da mesma temática em o Novo Testamento, a fim de refletir sobre alguns assuntos de iniciação cristã, como os sacramentos ou a vivência em comunidade. O tema do Mês da Bíblia deste ano é a “Travessia: passo a passo, o caminho se faz”. O lema é “Aproximai-vos do Senhor Ex 16,9”, Os textos bíblicos escolhidos estão em Ex 15,22-18,27.
Este subsídio está dividido em quatro encontros e uma celebração final e tem como objetivo propor uma reflexão em grupos, tanto nas pastorais como por pessoas interessadas em acompanhar as atividades do Mês da Bíblia, podendo assim se aprofundar e vivenciá-lo. Além desse estudo, o subsídio do SAB traz também um mapa, elencando possíveis trajetórias do Êxodo.
O Livro do Êxodo nos indica, a cada momento, a ação libertadora de Deus em favor do seu povo e a certeza de sua presença constante. Estudá-lo é retornar às nossas origens, é reafirmar em nosso interior a fé num Deus que escuta o clamor do seu povo. A escolha dessas passagens está estrategicamente localizada. Nestes capítulos nos defrontamos com as dificuldades, as crises e as dúvidas do povo na longa marcha pelo deserto.
Um dos enigmas que enfrentamos é a respeito de quem redigiu esse texto. Há um consenso entre os estudiosos da área de que esses capítulos são frutos de uma longa história de redação, contando com a participação de vários redatores em contextos diferentes. É preciso chamar a atenção também para a grande ajuda da tradição judaica no processo de transmissão dos textos, pois os responsáveis por ela foram extremamente fiéis ao copiar os textos sagrados, passando-os de geração em geração sem alterar nada. Em suma, é fundamental conhecer o livro do Êxodo para entender toda a Bíblia. Encontramos nele o sentido do processo inicial da salvação, isto é, seu dinamismo e a confirmação da caminhada de fé, percorrendo etapa por etapa.
Como já mencionado, o subsídio está dividido em quatro encontros. No primeiro e segundo encontros nos deparamos com várias narrativas relacionadas à falta de água e de comida, motivo de desespero, bem como do deserto, lugar de solidão e vazio. O povo libertado do jugo do faraó inicia uma longa e sofrida caminhada, lembrando-nos que todo processo de libertação exige sacrifícios e também a superação das dificuldades que surgem no decorrer do caminho em direção à total libertação.
O texto narra as murmurações do povo pela falta de água e de comida. A murmuração provinha do não assumir a condição de povo livre. A saída de uma situação de opressão para a libertação representa sair rumo ao deserto, onde nunca se sabe o que realmente vai acontecer. Podemos encontrar lugar de descanso ou águas amargas; podemos enfrentar decepções e desilusões. Mas, ao mesmo tempo, aprendemos com as amarguras a buscar a Deus, a ouvir sua voz e obedecer os seus ensinamentos, a fim de nos encontrarmos com Ele. Por outro lado, com as águas doces que matam nossa sede e o alimento providencial, aprendemos os ensinamentos de Deus, a sua voz a nos dizer o que é certo ou errado.
No terceiro encontro é retomada a problemática da falta de água e a crise do povo, que não enxerga a saída do Egito como liberdade, mas sim como o caminho para a morte. Neste contexto estão a murmuração e a revolta do povo diante dos desafios do deserto.
Dessa experiência surge a oração de intercessão de Moisés. Intercessão esta que jorra das profundezas de sua intimidade com Deus e, ao mesmo tempo, se enraíza na vida do povo. Por outro lado, nos indica que a liberdade não depende do líder e nem do povo, mas totalmente do amor, da misericórdia e da fidelidade de Deus para com seu povo, sendo Moisés apenas um instrumento em sua mão.
O povo coloca Deus à prova com sua murmuração, porém, é justamente nesse momento que Deus lhe revela e concede a prova do seu amor incondicional: Ele pede a Moisés para bater na rocha a fim de fazer jorrar dela água para saciar a sede do povo. Esses elementos são retomados por Paulo em 1Cor 10,1-13. Nesse trecho, Paulo afirma que Cristo Jesus é a rocha que os acompanhava e da qual brotou água para saciar sua sede e, ao mesmo tempo, prefigura na travessia do mar o batismo cristão.
O quarto encontro aponta para o perigo da centralização do poder em Moisés, que é visto, sobretudo, como juiz do povo. Jetro, o sogro de Moisés, o leva a refletir sobre a necessidade de distribuir as tarefas na comunidade e reconsiderar o poder e a autoridade como um serviço em prol da comunidade. A narrativa da escolha de colaboradores, que partiu do sogro de Moisés, serve de exemplo para todos nós, pois de alguma forma exercemos influência na família, na sociedade, na Igreja, na política, na comunidade... É um apelo para sairmos do comodismo, de nossos interesses egoístas e dar lugar e vez aos outros. Em termos mais concretos significa abrir mão do poder, por menor que ele seja, em vista do bem das pessoas e da comunidade.
A celebração de encerramento louva a Deus por suas maravilhas em favor de seu povo.
Este subsídio está dividido em quatro encontros e uma celebração final e tem como objetivo propor uma reflexão em grupos, tanto nas pastorais como por pessoas interessadas em acompanhar as atividades do Mês da Bíblia, podendo assim se aprofundar e vivenciá-lo. Além desse estudo, o subsídio do SAB traz também um mapa, elencando possíveis trajetórias do Êxodo.
O Livro do Êxodo nos indica, a cada momento, a ação libertadora de Deus em favor do seu povo e a certeza de sua presença constante. Estudá-lo é retornar às nossas origens, é reafirmar em nosso interior a fé num Deus que escuta o clamor do seu povo. A escolha dessas passagens está estrategicamente localizada. Nestes capítulos nos defrontamos com as dificuldades, as crises e as dúvidas do povo na longa marcha pelo deserto.
Um dos enigmas que enfrentamos é a respeito de quem redigiu esse texto. Há um consenso entre os estudiosos da área de que esses capítulos são frutos de uma longa história de redação, contando com a participação de vários redatores em contextos diferentes. É preciso chamar a atenção também para a grande ajuda da tradição judaica no processo de transmissão dos textos, pois os responsáveis por ela foram extremamente fiéis ao copiar os textos sagrados, passando-os de geração em geração sem alterar nada. Em suma, é fundamental conhecer o livro do Êxodo para entender toda a Bíblia. Encontramos nele o sentido do processo inicial da salvação, isto é, seu dinamismo e a confirmação da caminhada de fé, percorrendo etapa por etapa.
Como já mencionado, o subsídio está dividido em quatro encontros. No primeiro e segundo encontros nos deparamos com várias narrativas relacionadas à falta de água e de comida, motivo de desespero, bem como do deserto, lugar de solidão e vazio. O povo libertado do jugo do faraó inicia uma longa e sofrida caminhada, lembrando-nos que todo processo de libertação exige sacrifícios e também a superação das dificuldades que surgem no decorrer do caminho em direção à total libertação.
O texto narra as murmurações do povo pela falta de água e de comida. A murmuração provinha do não assumir a condição de povo livre. A saída de uma situação de opressão para a libertação representa sair rumo ao deserto, onde nunca se sabe o que realmente vai acontecer. Podemos encontrar lugar de descanso ou águas amargas; podemos enfrentar decepções e desilusões. Mas, ao mesmo tempo, aprendemos com as amarguras a buscar a Deus, a ouvir sua voz e obedecer os seus ensinamentos, a fim de nos encontrarmos com Ele. Por outro lado, com as águas doces que matam nossa sede e o alimento providencial, aprendemos os ensinamentos de Deus, a sua voz a nos dizer o que é certo ou errado.
No terceiro encontro é retomada a problemática da falta de água e a crise do povo, que não enxerga a saída do Egito como liberdade, mas sim como o caminho para a morte. Neste contexto estão a murmuração e a revolta do povo diante dos desafios do deserto.
Dessa experiência surge a oração de intercessão de Moisés. Intercessão esta que jorra das profundezas de sua intimidade com Deus e, ao mesmo tempo, se enraíza na vida do povo. Por outro lado, nos indica que a liberdade não depende do líder e nem do povo, mas totalmente do amor, da misericórdia e da fidelidade de Deus para com seu povo, sendo Moisés apenas um instrumento em sua mão.
O povo coloca Deus à prova com sua murmuração, porém, é justamente nesse momento que Deus lhe revela e concede a prova do seu amor incondicional: Ele pede a Moisés para bater na rocha a fim de fazer jorrar dela água para saciar a sede do povo. Esses elementos são retomados por Paulo em 1Cor 10,1-13. Nesse trecho, Paulo afirma que Cristo Jesus é a rocha que os acompanhava e da qual brotou água para saciar sua sede e, ao mesmo tempo, prefigura na travessia do mar o batismo cristão.
O quarto encontro aponta para o perigo da centralização do poder em Moisés, que é visto, sobretudo, como juiz do povo. Jetro, o sogro de Moisés, o leva a refletir sobre a necessidade de distribuir as tarefas na comunidade e reconsiderar o poder e a autoridade como um serviço em prol da comunidade. A narrativa da escolha de colaboradores, que partiu do sogro de Moisés, serve de exemplo para todos nós, pois de alguma forma exercemos influência na família, na sociedade, na Igreja, na política, na comunidade... É um apelo para sairmos do comodismo, de nossos interesses egoístas e dar lugar e vez aos outros. Em termos mais concretos significa abrir mão do poder, por menor que ele seja, em vista do bem das pessoas e da comunidade.
A celebração de encerramento louva a Deus por suas maravilhas em favor de seu povo.
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