domingo, 26 de junho de 2011

O Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Mateus - Ano A

Jâmnia

Os fariseus fundaram a escola religiosa de Jâmnia (por volta de 75), onde se refugiaram ao sair de Jerusalém, para salvar e reconstruir a religião e as tradições judaicas, mas prevaleceu uma interpretação autoritária da lei e passaram a perseguir os cristãos, que foram tachados de traidores (Mt 10,17).  Os Rabinos proibiram o uso, nas sinagogas, da tradução dos livros sagrados em grego, conhecida como Setenta.  Só consideram livros cujos originais estivessem em língua hebraica. Refazem o judaísmo e condenam os judeus considerados traidores.

As fontes

O evangelho de Mt se valeu de Mc, da Quelle e de outros textos, mas os justapôs com o claro objetivo de responder: Quem é Jesus? E como se é discípulo dele?
Data

O Evangelho foi surgindo aos poucos, ao longo da caminhada das comunidades, com a ajuda de várias tradições escritas e orais.  A redação final se deu depois da assembléia de Jâmnia (entre 85-90), e depois de Marcos e Lucas.  O evangelho definitivo foi escrito por volta dos anos 80-90, ou seja, 50 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.
A redação final se dá por volta de 80-90 nas colinas de Golán, entre a Síria e a Galiléia. Os destinatários eram roceiros das colinas de Golán.

Novo Moisés

Jesus é o novo Moisés. Ele veio levar a Lei de Deus à sua plenitude, proclamada por Jesus numa montanha, como no AT Moisés no Sinai.

Mt apresenta Jesus como o novo Moisés.

- Ele cumpre a Lei (5,17)
- Subiu ao monte e deu a nova Lei (5,1-11).
- Supera Moisés (5,27-7,29) = “O que foi dito..., eu porém vos digo...”
- Novo Moisés, novo Êxodo (2,13-29).
- Jesus venceu a tentação do deserto (4,1-11).
- Novo libertador (11,28-30).

O novo êxodo (2,13-18) cf (Ex 1-14)

Jesus, o novo Moisés refaz a história do antigo povo de Israel.
Vai ao Egito (Gn 37ss).
Em sua infância foge e os meninos são mortos (Ex 1-2).
Sua volta para Israel lembra o Êxodo (Ex 12-14), bem com a libertação messiânica de seu povo anunciada por Is 11,11-16; 10,25-27.
Jesus personifica o novo povo de Israel: “Do Egito chamei meu filho”(Os 11,1).
Acontece agora um conflito entre o velho Israel (Herodes e sacerdotes) e o novo Israel (Jesus).
Assim, o novo êxodo preconizado por Jesus é a libertação da Lei, é a passagem da justiça dos escribas para a nova justiça do Reino.

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