Todos dizemos que celebramos o Natal. Mas dizer que celebramos o nascimento, é insuficiente. Temos que dizer de quem é o
nascimento que celebramos. É por isso que a festa que hoje celebramos é o Natal
de Jesus. Celebramos o nascimento de Jesus, o filho de Deus. Celebramos o
grande mistério de um Deus que por amor se faz homem para que o homem se possa
tornar Deus (Santo Agostinho).
A história do Natal do Senhor não nos pode deixar
indiferentes. O Natal nos interpela. Olhemos de novo para bem conhecida e
ignorada cena do presépio e colhamos a lição que na sua eloquência silenciosa o
Verbo de Deus nos oferece.
Maria, José e o Menino estão no centro. Como os pastores,
por um coro de anjos, e os magos, por uma estrela, também nós nos encaminhemos,
com todos as nossas alegrias e tristezas, esperanças e desilusões, até o
presépio. Contemplemos o presépio e deixemo-nos tocar pela beleza de um Deus
que se faz menino no seio de uma família humana.
O Deus que vem ao nosso encontro no presépio de Belém é
demasiado frágil para se impor pela força e pela violência. Por isso, podemos
recebê-lo na nossa vida ou não. “Veio para o que era seu e os seus não O
receberam. Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o
poder de se tornarem filhos de Deus.” Aqueles que recebem Jesus, aqueles que
deixam que haja Natal no seu coração e na sua vida encontram a salvação e a
felicidade. “Jesus fez-se homem para que o homem se tornasse Deus” (Santo
Agostinho).
A celebração do nascimento de Jesus não é um simples
aniversário. A celebração do Natal do Senhor é um memorial. A celebração do
nascimento de Jesus não é uma bela recordação, não é olhar para uma fotografia
de um acontecimento passado. “O Natal do Senhor não nos aparece como uma
recordação do passado, mas vivemo-lo no presente” (S. Leão Magno). Como a
Páscoa da Ressurreição, a celebração do Natal é um memorial. Com a celebração
do nascimento de Jesus, somos chamados a reviver no tempo presente, nas nossas situações
de vida concreta, o nascimento de Jesus, o Deus conosco que veio para nos
salvar. (P. Nuno Ventura Martins - missionário passionista)
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