sexta-feira, 11 de abril de 2014

O Papa chama de “medíocres” os teólogos que têm “um pensamento completo e fechado”

O Papa Francisco destacou que “o teólogo que se compraz em seu pensamento completo e fechado é medíocre”, em um discurso dirigido à Comunidade da Pontifícia Universidade Gregoriana, do Pontifício Instituto Bíblico e do Pontifício Instituto Oriental. “O teólogo que não reza e que não adora a Deus acaba afundado no mais repugnante narcisismo”, acrescentou. 

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada no sítio espanhol Religión Digital, 10-04-2014. 
A tradução é de André Langer. 


Na audiência da manhã desta quinta-feira com estudantes e professores de Teologia na Sala Paulo VI, do Vaticano, Francisco destacou que “o bom teólogo e filósofo tem um pensamento incompleto sempre aberto à grande obra de Deus e à verdade” e que “sempre” está “em desenvolvimento”.

Além disso, denunciou que “se falta a bondade e a beleza”, acaba por ser “um intelectual sem talento”, porque um pensador que carece do esplendor da beleza e sem bondade é apenas ‘maquiado’ de formalismo”.

O Pontífice destacou que o desafio da atualidade é “transmitir o saber e oferecer uma chave de compreensão vital” e “não uma infinidade de noções sem relação entre si”.

Neste sentido, comentou que se faz necessária “uma verdadeira hermenêutica evangélica” para entender melhor “a vida” e “a pessoa humana”. Assim, destacou que o estudo na Igreja de Roma não se trata “de uma síntese, mas de uma atmosfera espiritual de busca e certeza” baseada “na verdade de razão e de fé”.

Por outro lado, disse que a filosofia e a teologia “permitem adquirir convicções que estruturam e fortificam a inteligência” e que, além disso, “iluminam a vontade”, ao mesmo tempo em que manifestou que isto é fecundo somente “se se faz com uma mente aberta e de joelhos”.

O Papa convidou à “colaboração e sinergia” entre a Pontifícia Universidade Gregoriana, o Pontifício Instituto Bíblico e o Pontifício Instituto Oriental para “guardar a memória histórica, encarregando-se do presente e olhando para o futuro com criatividade e imaginação” e para “ter uma visão global da situação e dos desafios atuais e enfrentá-los encontrando novos caminhos”.

Elogiou também o esforço como professores e estudantes na cidade e, sobretudo, na Igreja de Roma, que conserva “as raízes da fé” e “a memória dos mártires e dos Apóstolos”.

Finalmente, explicou que a “dialética entre centro e periferia” assume a “forma evangélica” segundo a lógica de um Deus que chega ao centro “partindo da periferia para retornar à periferia”. Em seu discurso, destacou que a Pontifícia Universidade Gregoriana, o Pontifício Instituto Bíblico e o Pontifício Instituto Oriental “não são máquinas para a produção de teólogos e filósofos” e relacionou “o estudo e a vida espiritual”.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530196-o-papa-chama-de-mediocres-os-teologos-que-tem-um-pensamento-completo-e-fechado

quarta-feira, 9 de abril de 2014

13 de abril - Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor


O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição.

Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.

O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galileia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.

Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte. 

Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.

O Domingo de Ramos pode ser chamado também de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor", nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: '"Jesus Cristo é o Senhor", para a glória de Deus Pai' (Fl 2, 11)


fonte: www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/15.htm