Um punhado de terra trazido de cada Estado do Brasil; terra também da Itália, da Alemanha e de Cuba. Um chão multicolorido foi se formando em memória dos tantos lugares pelos quais Carlos Mesters pisou em sua vida de "caixeiro viajante da Palavra".
Assim teve início a noite na qual o CEBI celebrou os 80 anos de vida de Frei Carlos Mesters. Holandês de nascimento, Mesters adotou o Brasil como sua casa aos 17 anos. E muito cedo se tornou um entusiasta de um movimento que passou a se chamar de Leitura Popular da Bíblia (veja aqui como Eliseu Lopes fala de Frei Carlos).
Em suas palavras de abertura, Francisco Orofino e Adeodata dos Anjos, integrantes da Direção Nacional do CEBI, lembraram que muita gente foi marcada pelo testemunho de Mesters. O relato de sua experiência no sertão cearense, descrito em Seis dias nos portões da humanidade, foi destacado várias vezes, inclusive por Norbert Bolte, representante da Adveniat, da Alemanha.
Entre as homenagens de todos os cantos do país, da América Latina e da Europa, Mesters acolheu com carinho as palavras de três pessoas amigas em especial.
Oscar Beozzo, coordenador do CESEEP (Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular), lembrou que o trabalho de Carlos "tinha tudo para dar errado". Como se sabe, a história de "missão" junto ao Terceiro Mundo deixou marcas nem sempre positivas. Carlos é missionário estrangeiro e estudou em Roma. Segundo Beozzo, a experiência do povo brasileiro, estrangeiro em sua própria terra ajudou no aprendizado e no êxito de Mesters.
Odja Barros, pastora da Igreja Batista em Maceió/AL, destacou como foi sua experiência quando conheceu Carlos Mesters: "Lembro quando falei para minha comunidade desse encontro com frei Carlos. Dizia: ‘Encontrei alguém que como Jesus. É um frei católico do CEBI. Ele fala com autoridade'. Sua vida, sua simplicidade, sua mística me ajudaram a voltar diferente para casa. Uma centelha de mais fé se acendeu na minha vida." (leia a mensagem da Pastora Odja). Odja ainda lembrou que a Leitura Popular da Bíblia estimulada por Frei Carlos ajuda a recuperar um princípio da Reforma: o livre exame das Escrituras, princípio do qual muitos evangélicos têm se afastando.
O biblista Rafael, de São Paulo, ressaltou as relações de carinho e amizade sempre muito valorizadas por Carlos Mesters. Frei Carlos é padrinho de Ana Clara, filha de Rafael. A memória da vida de Carlos foi lembrada por meio de um pequeno vídeo, de 9 minutos. Confira aqui.
Confira também alguns dos livros escritos por Carlos Mesters.
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