quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Papa aceita renúncia de Dom Dadeus Grings e nomeia Dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre

Renuncia e nomeação - Nesta quarta-feira, dia 18 de setembro, o Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de Porto Alegre, apresentada por Dom Dadeus Grings, por motivo de idade e elevou Dom Jaime Spengler à dignidade de arcebispo, nomeando-o como novo titular de Porto Alegre. O comunicado foi feito pela Nunciatura Apostólica no Brasil. 

Curriculo de Dom Jaime
Até esta data, o novo arcebispo era titular de Pátara e bispo auxiliar em Porto Alegre, exercendo a função específica de Vigário Episcopal do Vicariato de Gravataí. Aos 53 anos, Dom Jaime será o 7º arcebispo da história da Arquidiocese de Porto Alegre. Seu lema episcopal é: “In Cruce Gloriari – Gloriar-se na Cruz - inspirado na carta de São Paulo aos Colossenses. A data da posse canônica ainda será definida.



Dom Jaime nasceu no dia 06 de setembro de 1960, em Gaspar, Santa Catarina. Ingressou na Ordem dos Frades Menores onde emitiu seus primeiros votos religiosos em janeiro de 1983. Foi ordenado Diácono no dia 19 de junho de 1989 em Nazaré, Israel. Fez os cursos de filosofia e teologia em Petrópolis (RJ) e foi ordenado padre em novembro de 1990. Entre 1991 e 1995, foi mestre dos postulantes e professor no Seminário Frei Galvão. Em Roma, fez o doutorado de filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. 

Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar.

Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí(RS), foi apresentado durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), no dia 13 de março de 2011.

No exercício do seu ministério episcopal no Rio Grande do Sul, Dom Jaime atuou na CNBB Regional Sul 3 como referencial para o setor de Juventude. Em 25 de junho de 2011, foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil. No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre. Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro, em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB.

Mandato de Dom Dadeus 
Em 2011, ao completar 75 anos e, conforme prevê o Código de Direito Canônico, Dom Dadeus Grings apresentou ao Vaticano a renúncia do cargo de arcebispo metropolitano. O processo de escolha levou dois anos até a decisão final do Papa Francisco. Dom Dadeus Grings justifica a demora na sucessão pela importância que a Arquidiocese de Porto Alegre possui: “A sucessão de Dom Vicente Scherer demorou três anos. Isso também mostra a importância que tem esta sede diocesana” disse.

Dom Dadeus Grings permaneceu por 12 anos à frente do governo pastoral da 5ª arquidiocese mais importante do Brasil. Na dinamização da Arquidiocese, destaca-se a formação dos Vicariatos (circunscrições eclesiásticas), que garantem melhor organização e ação pastoral mais eficiente nos 29 municípios que compõe a Arquidiocese. O Prelado também é autor de vasta produção bibliográfica, somando 28 livros e 21 cartilhas, sendo a mais recente “As comunidades paroquiais - Cartilha da Nova Paróquia”. Além disso, colaborou com centenas de artigos de em destacados jornais da capital gaúcha.


A ARQUIDIOCESE DE PORTO ALEGRE EM NÚMEROS 
Considerada pela Igreja como a 5ª mais importante do Brasil, a Arquidiocese de Porto Alegre foi fundada em 7 de maio de 1848 e elevada à dignidade de Arquidiocese em 1910. Possui população superior a 3 milhões de pessoas, abrangendo 29 municípios, divididos em quatro vicariatos territoriais: Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Guaíba. 

Números mais detalhados da Igreja local mostra o seguinte perfil:

156 Paróquias 
739 Comunidades
17 Diaconias (serviços de caridade)
201 Padres diocesanos
59 Diáconos permanentes
155 Padres religiosos
139 Irmãos religiosos
1.123 Irmãs religiosas
2.129 Catequistas
2.906 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão

Além disso, a Sede Metropolitana de Porto Alegre também congrega as Dioceses sufragâneas de Montenegro, Novo Hamburgo, Osório e Caxias do Sul. 


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 18 de setembro de 2013, às 7h 2min


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vaticano anunciará novo arcebispo de Porto Alegre nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira, dia 18 de setembro, o Vaticano anunciará o nome do novo arcebispo metropolitano de Porto Alegre.

Às 7h, o arcebispo Dom Dadeus Grings, fará um pronunciamento às rádios católicas, quando revelará o nome de seu sucessor. Em seguida, às 9h, receberá a imprensa para um entrevista coletiva no salão nobre da Cúria Metropolitana.

Em 2011, ao completar 75 anos e, conforme prevê o Código de Direito Canônico, Dom Dadeus Grings apresentou ao Vaticano a renúncia do cargo de arcebispo metropolitano. O processo de escolha levou dois anos até a decisão final do Papa Francisco. Dom Dadeus Grings justifica a demora na sucessão pela importância que a Arquidiocese de Porto Alegre possui: “A sucessão de Dom Vicente Scherer demorou três anos. Isso também mostra a importância que tem esta sede diocesana” disse.

Considerada pela Igreja como a 5ª mais importante do Brasil, a Arquidiocese de Porto Alegre abrange 29 municípios, em quatro vicariatos territoriais: Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Guaíba. Possui mais 700 comunidades, reunidas em 156 paróquias.

Além disso, é a Sede Metropolitana de Porto Alegre também congrega as Dioceses sufragâneas de Montenegro, Novo Hamburgo, Osório e Caxias do Sul.

Serviço: Coletiva de Imprensa
Anúncio do novo Arcebispo de Porto Alegre
7h – Entrevista às Rádios Católicas
9h – Entrevista de imprensa na Cúria Metropolitana
Rua Espírito Santo, 95

Informações: 

Pastoral da Comunicação – PASCOM
(51) 3095-9276
Magnus Regis – Jornalista
(51) 8159-6229 / 9590-1327


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 17 de setembro de 2013, às 18h 52min


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

14 de setembro - Exaltação da Santa Cruz


Celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, celebramos a vitória de Cristo que nos possibilita desde agora celebrar a nossa futura glória no céu. Pois, “se morremos com Cristo, cremos também que viveremos com Ele” (Rm 6,9).

A Festa da Exaltação da Santa Cruz celebra a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio. Para os cristãos, a cruz é o maior símbolo da fé. Quando um cristão é apresentado à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.

A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)

No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)

Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade.

A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.



Longe de mim gloriar-me a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6, 14)


Até o Calvário, a cruz fora tida como sinal de vergonha, maldição, execração. Com a crucifixão de Cristo, desde então, ela se tornou símbolo de triunfo e vitória. Se da cruz vinha a maldição e a morte, agora, da cruz vem todo o bem e toda a graça. O Apóstolo Paulo aprofunda o mistério dizendo que a cruz lembra a humilhação extrema de Jesus que se despojou de sua dignidade de ser igual a Deus, “fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). E ele mesmo afirma que “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome.

Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor!” (Fl 2, 8-11). 


Tendo tal compreensão da Paixão de Jesus e elaborado tal teologia a respeito do mistério da Cruz, torna-se perfeitamente compreensível a declaração de Paulo aos Gálatas de que para ele sem a cruz de Cristo não há glória possível. Oxalá possamos nós também proclamar e viver sempre essa mesma fé.


A cruz se apresenta em nossa vida de diversas maneiras: doença, pobreza, cansaço, dor, desprezo, solidão... Hoje, podemos examinar como é a nossa disposição habitual em face dessa cruz que, às vezes, se mostra áspera e dura, mas que, se a levamos com amor, converte-se em fonte de purificação, de vida e também de alegria. Queixamo-nos com frequência das contrariedades ou, pelo contrário, damos graças a Deus também nos fracassos, na dor, na contradição? Essas realidades nos afastam ou nos aproximam de Deus?

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A morte de cruz

Dr. Bruno Glaab

A morte de cruz

           É comum se pensar que Jesus veio ao mundo para ser pregado na cruz pelos nossos pecados. Parece que Deus queria que seu filho morresse numa cruz e que o próprio Jesus queria isto. Usa-se, muitas vezes os cânticos do Servo Sofredor (Is 52,13-53,12) para justificar tais ideias. Em primeiro lugar, deve se dizer que isto é errado. Nem o Pai, nem o Filho queriam a morte na cruz. Além do mais, por que Deus se alegraria com a morte do Filho, ou ainda, por que Deus se aplacaria em sua ira diante da morte do trágica do Filho?

           Quando Jesus se encarnou, nada mais quis do que instaurar o Reino de Deus já aqui na terra. Queria levar todos os homens e mulheres a Deus. Para isto, necessariamente teve de enfrentar obstáculos. Ou seja, teve de lutar contra aquilo que impedia a instauração do Reino de Deus já aqui na terra. Por exemplo: tudo o que exclui um irmão ou irmã obstaculiza o Reino de Deus. A mentira, a maldade, a ganância e toda espécie de exclusão impedem o Reino de Deus. Jesus queria o Reino, ou seja, que todos os irmãos vivessem de fato como irmãos e honrassem a Deus. Em poucas palavras, Jesus queria que se amasse a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo (Mc 12,28ss). Isto é Reino de Deus.

           Ao tentar instaurar este Reino, Jesus se chocou com aqueles que impediam a vivência fraterna, com aqueles que excluíam o pobre, o pecador, a mulher, o deficiente, etc. Sua ousadia de enfrentar os mentores desta exclusão lhe custou caro. Logo que Jesus se compromete com os pobres e sofredores, os fariseus e herodianos pensam em mata-lo (Mc 3,6).

A morte de Jesus como salvação

           Dito isto, convém dizer que Jesus não queria a morte de cruz, nem o pai queria isto. Jesus queria o Reino. Se todos tivessem aceitos a proposta de Jesus, ele poderia muito bem ter morrido idoso numa confortável cama, venerado por todos, e mesmo assim teria sido para nós, o salvador. Não seria necessário morrer na cruz. Mas as autoridades religiosas e políticas viam na ação de Jesus um perigo para seus privilégios. Queriam que Jesus se calasse. Como Jesus não aceitou esta imposição, deram-lhe a morte. Então, Jesus não veio ao mundo com a intenção de morrer numa cruz, nem ele próprio, nem seu Pai queriam isto. Quem quis a morte de Jesus foram as autoridades. Jesus não queria a morte de cruz, queria o Reino. O Pai também não quis a cruz para seu Filho, mas queria a sua fidelidade. A morte de cruz foi, então, o preço que Jesus pagou pela sua fidelidade aos planos do Pai. Se Jesus traísse o Pai teria escapado da cruz, mas não teria trazido o Reino de amor e de justiça.

Conclusão

           Toda a vida de Jesus, desde a encarnação, até a ressurreição, é salvadora. Nem o Pai exigiu a morte de Jesus para nos salvar, nem o Filho veio com a intenção de morrer na cruz. Ele veio para trazer o Reino. Como muitas pessoas, e principalmente as autoridades, não aceitaram esta proposta, levaram Jesus à cruz. Jesus, antes de trair o Reino preferiu morrer. Esta sua fidelidade ao Pai foi o caminho da salvação. Porém, se sua proposta fosse aceita e ele tivesse morrido de outra forma, seria igualmente nosso Salvador.
fonte: http://www.esteditora.com.br/textos/amigos.htm

domingo, 8 de setembro de 2013

08 de setembro - Natividade de Nossa Senhora

A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E no Ocidente, desde o século VII.

O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.


Maria nasceu de uma forma humana como cada um de nós: fruto do amor entre um homem e uma mulher, viveu em família e como toda jovem de seu tempo, um dia sonhou em casar-se e constituir sua própria família.

Uma vida normal, que talvez seguisse anônima se não fosse a sua aceitação total à vontade de Seu Senhor. Maria, escolhida por Deus para ser mãe de seu Filho que encarnaria para a salvação da humanidade, recebe esta escolha, não sem antes questionar – o questionamento próprio da natureza humana – mas profundamente aberta ao caminho que o Pai passava a lhe mostrar.

Celebrar a natividade de Nossa Senhora é celebrar um marco fundamental da história da salvação. Peça fundamental nessa história, Maria é a intercessão que ligará a Trindade à humanidade. Através de seu corpo, por Deus preparado livre do pecado, Jesus vem ao mundo e nele realiza seu mistério salvífico.

Que a Festa da Natividade nos faça relembrar essa história tão especial, com os olhos agradecidos diante daquela que soube dizer sim e, através disso, tornar-se mãe não somente de Jesus, mas de toda a humanidade.

Em seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, Pe. Antônio Vieira diz:
Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança;
os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz
os discordes: para Senhora da Paz;
os desencaminhados: para Senhora da Guia;
os cativos: para Senhora do Livramento;
os cercados: para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes: para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos: para Senhora da Graça
e todos os seus devotos: para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus. 

sábado, 7 de setembro de 2013